António Mocho: "Hoje um jovem ou é um génio ou tem dinheiro. Senão não chega a piloto"

| Revista ACP

António Mocho aborda o passado e o futuro dos ralis, a modalidade à qual mais se dedicou.

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A vida de António Mocho é sinónimo de automóveis e, acima de tudo, de ralis. Foi a esta modalidade que dedicou largos anos e acerca da qual veio falar a mais um episódio do podcast do ACP.

António Mocho começa por recordar que a paixão por automóveis começou ainda na infância por influência do pai. Já a entrada no mundo dos ralis deu-se mais tarde nas funções de controlador. Depois disso refere: “fiz de tudo um pouco, até fui diretor do Rally de Portugal. Fiz tudo o que seja relativo a ralis”.

 

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Ciente das enormes diferenças entre os ralis de outrora e os atuais, António Mocho lamenta o fim das categorias de iniciação que, no seu entender, eram essenciais, ressalvando que “Um jovem que começa a ter interesse não será logo um piloto de topo e por isso precisa de testar as suas capacidades e qualidades num rali com menor dimensão, menores dificuldades”.

Face ao fim das categorias de iniciação e dos troféus monomarca, iniciativas que reconhece serem difíceis de replicar na atualidade, António Mocho não traça um cenário favorável para quem quer disputar ralis, afirmando que “Ou é um génio que deu nas vistas nos karts (…) ou tem apoio familiar ou simplesmente não chega a piloto, não tem qualquer hipótese”.

Apesar das dificuldades no acesso à categoria e de um formato que considera “limitar a criatividade”, António Mocho não acredita que o futuro dos ralis esteja em risco e ressalva que “ainda há muita gente apaixonada por ralis” e que “há marcas poderosas e bons pilotos envolvidas nos ralis”.


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