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Citroën BX é ‘o carro que vive, pensa e respira’

| Revista ACP

Foi assim que a campanha publicitária definiu este familiar francês na altura do seu lançamento há 40 anos.

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A Citroën celebra o 40º aniversário do BX, que foi um sucesso para a marca. Produzido entre 1982 e 1994, saíram de fábrica mais de 2,3 milhões de unidades. Com o BX, a Citroën cumpriu um duplo objetivo: entrar no mercado do segmento médio-alto e converter o modelo no sucessor do emblemático GSA. Para isso, dotou-o de fortes argumentos técnicos que garantiram conforto, dinamismo e economia de utilização associados a uma nova silhueta com assinatura do carroçador Bertone. O designer Marcello Gandini (“pai” do Miura, do Countach e do Stratos) propôs uma linha original, sem cair na excentricidade, mas que que fizesse o carro destacar-se na paisagem automóvel da época e que acabou por caraterizar fortemente o BX.

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Inovadora foi também a sua apresentação, que aconteceu em finais de setembro de 1982. Perante uma multidão que ao cair da noite invadiu o Champ-de-Mars de olhos postos na Torre Eiffel, viu descer do monumento uma gigantesca caixa de madeira com a inscrição “Voilá la nouvelle Citroën”. Num vertiginoso espetáculo de luz e som, a caixa deslizou lentamente até ao chão para depois se abrir, desvendando o BX que de forma festiva deu início à sua carreira sob uma enorme ovação. Dias depois, a 30 de setembro no Salão de Paris, voltou a atrair as atenções do público tornando-se numa das estrelas do certame

Ao longo dos 12 anos em que o BX esteve no mercado, foram introduzidas diversas alterações na carroçaria. Em 1985, uma elegante “carrinha” familiar, com mais 17 cm de comprimento do que a berlina e com a designação Evasion, foi adicionada à gama, tal como a versão Entreprise (comercial) lançada um ano antes. Um profundo restyling teve lugar em 1987, com o BX a ostentar uma linha exterior mais suave e um painel de instrumentos inteiramente novo. O equipamento não foi esquecido: teto de abrir, ar condicionado, instrumentação digital, revestimentos em veludo, jantes de liga leve, relógio digital, computador de bordo, permitiram ao BX manter-se fiel à sua imagem de veículo moderno.

Mecanicamente, o BX permanece na vanguarda da tecnologia com motores a desenvolver potências até 160 cv, injeção eletrónica equipada com catalisador e sonda lambda, motorização diesel, caixa de velocidades automática, tração integral permanente e travagem com ABS. Também se produziu uma série limitada de 200 unidades da versão da versão de estrada do carro de competição BX 4 TC Grupo B (2.141 cc, 200 cv, 220 km/h).

A carreira do BX ficou marcada por diversas edições limitadas (Tonic, Image, Calanque, Leader, entre outras) incluindo a famosa versão Digit com a sua instrumentação totalmente digital. Mas também por algumas curiosidades. Confiada a Jacques Séguéla, a campanha publicitária de lançamento apresentou-o como um carro que vive, pensa e respira. Uma referência óbvia aos vários ruídos e movimentos gerados pela sua suspensão hidropneumática.

Em 1985, a Citroën tornou-se no primeiro construtor francês a oferecer uma versão Diesel com caixa automática. O construtor deu seguimento a este tipo de estreias e inovações, lançando, em 1987, o primeiro modelo de produção em série francês equipado com um motor de 16 válvulas. Uma honra que coube ao BX. Sempre na vanguarda da tecnologia, foi ainda o primeiro veículo produzido em série a utilizar um capô em compósito poliéster de fibra de vidro comprimida, um portão traseiro em compósito poliéster de fibra de vidro injetado, um óculo traseiro colado e faróis com duas superfícies refletoras homofocais.

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