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Porto Santo vai ser a primeira “ilha inteligente” do planeta

| Revista ACP

Carros elétricos Renault chegaram ao Porto Santo. O objetivo é ir acabando com a dependência dos combustíveis fósseis.

Renault Porto_Santo_1920

Seiscentos anos depois de ter sido descoberta a ilha de Porto Santo viveu um momento histórico ao dar o primeiro passo para que o território rompa com a dependência dos combustíveis fósseis, tornando-se assim na primeira “ilha inteligente” do planeta. Semanas depois de ter sido anunciado o “Porto Santo Sustentável - Smart Fossil Free Island”, um ambicioso e inovador programa lançado pela EEM – Empresa de Eletricidade da Madeira, S.A. (EEM) e o Grupo Renault, foram entregues 20 viaturas Renault elétricas e foram inaugurados outros tantos postos de carregamento, em diversos pontos da ilha.

Na cerimónia de entrega de 14 Renault ZOE e de seis Renault Kangoo Z.E. a entidades públicas, empresas privadas e famílias voluntárias, o francês Eric Feunteun, Diretor do Programa de Veículos Elétricos e New Business do Grupo Renault, sublinhou: «Estamos muito satisfeitos com esta associação com a EEM e com o Governo Regional da Madeira para o desenvolvimento deste inédito ecossistema elétrico inteligente. Um projeto que demonstra que, para além dos transportes, a revolução elétrica vai mudar o nosso quotidiano. O nosso objetivo é o de construirmos um modelo reproduzível noutras ilhas, cidades ou bairros… sempre com o mesmo espírito e a mesma vocação; implementar, em larga escala, soluções de mobilidade elétrica ao alcance de todos.»

Com várias etapas, o projeto prevê que, um dia, o parque circulante de Porto Santo seja constituído por cerca de um milhar de automóveis elétricos. Nessas circunstâncias, a ilha pode conquistar o estatuto de território sem combustíveis fósseis e emissões quase nulas de dióxido de carbono, com tudo o que isso implica de positivo em termos de sustentabilidade ambiental, social e económica.

Numa fase posterior, estes automóveis vão ser capazes de fazer carregamentos inteligentes. Ou seja, só vão carregar à máxima potência quando a disponibilidade de eletricidade for superior às necessidades, como por exemplo, nos picos de produção das fontes renováveis.

Mas carregamentos inteligentes também serão sinónimo de carregamentos reversíveis (Vehicle-to-grid). Nestas condições, os automóveis serão capazes de injetar eletricidade na rede aquando dos picos de consumo ou “simplesmente” funcionar como unidades de armazenamento temporário de energia.

Numa terceira fase, as baterias, em segunda vida, originárias da gama elétrica da Renault, irão armazenar a energia, por definição intermitente, produzida pelas centrais solares e eólicas da ilha do Porto Santo. Esta energia armazenada será restituída à rede quando tal for necessário. O Grupo Renault demonstra assim, pela primeira vez, que é possível reutilizar as baterias, em segunda vida, em benefício de um ecossistema local.

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