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Empresas do setor automóvel aumentam 1,6% em 2017

| Revista ACP

Empresas do setor representaram 28 mil milhões de euros do volume de negócios, 8% do total nacional em 2017.

O número de empresas do setor automóvel aumentou 1,6% em 2017, face ao ano anterior, para 16 mil, o equivalente a 4% do total de empresas em Portugal, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

De acordo com um estudo do banco central, em 2017 o setor automóvel representava 8% do volume de negócios (28 mil milhões de euros) e 4% do número de pessoas ao serviço (113 mil pessoas) das empresas com sede em Portugal, com o peso do setor no total das empresas a manter-se praticamente inalterado face a 2016, mas o do volume de negócios a aumentar 0,3 pontos percentuais.

Em 2017, por cada empresa do setor que cessou atividade foram criadas 1,3 novas empresas, estando este aumento do número de empresas em atividade associado ao maior número de microempresas, que foi a “única classe de dimensão a registar um rácio natalidade/mortalidade superior a 1 (rácio de 1,3)”.

De entre os segmentos de atividade que compõem o setor, o comércio automóvel destacava-se ao representar 97% das empresas, 69% do volume de negócios e 67% das pessoas ao serviço do setor em 2017.

Segundo o BdP, tendo em conta o número de empresas, o peso da fabricação automóvel não se alterou entre 2016 e 2017, mas aumentou 1,8 pontos percentuais em termos do volume de negócios e 1,7 pontos percentuais quanto ao número de pessoas ao serviço.

O setor automóvel era maioritariamente constituído por microempresas (90% das empresas), no entanto, as grandes empresas agregavam a maior parcela do volume de negócios (51%), apesar de representarem apenas 0,4% das empresas.

As Pequenas e Médias Empresas (PME) agregavam a maior parcela do número de pessoas ao serviço (38%) e eram responsáveis por 37% do volume de negócios do setor, representando 9% das empresas.

Por segmentos de atividade, as microempresas assumiam maior relevância no comércio automóvel, em comparação com o verificado na fabricação automóvel, sendo que neste último segmento o destaque vai para as grandes empresas, que representavam 82% do volume de negócios e 72% das pessoas ao serviço do segmento.

Por regiões, a Área Metropolitana de Lisboa agregava 44% do volume de negócios do setor, seguida da região Norte (33%).

O setor assumia em 2017 “maior relevância” no Norte e no Alentejo, onde representava 9% do volume de negócios das empresas com sede em cada uma destas regiões.

Continuando a recuperação observada a partir de 2012, o volume de negócios do setor automóvel aumentou 13% em 2017 face a 2016, um crescimento superior ao verificado no total das empresas (9%) e ao registado no setor em 2016 (7%).

Em 2017, um quarto do volume de negócios do setor automóvel tinha origem no mercado externo (mais um ponto percentual do que em 2016), tendo os mercados externo e interno contribuído em quatro e em nove pontos percentuais, respetivamente, para a evolução do volume de negócios do setor (-0,1 e oito pontos percentuais, respetivamente, em 2016).

O EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) do setor automóvel aumentou 16% em 2017 (15% no total das empresas), quando em 2016 tinha aumentado 30%, e a rendibilidade dos capitais próprios foi de 12%, mais dois pontos percentuais do que em 2016, e pelo segundo ano consecutivo superior à registada pelo total das empresas (9%).

A fabricação automóvel apresentou uma rendibilidade mais elevada, 15%, que compara com 10% no comércio automóvel, refere ainda o BdP.

Relativamente ao passivo do setor automóvel, aumentou 12% em 2017, um crescimento superior em dez pontos percentuais ao registado no total das empresas, mas inferior ao verificado em 2016 (14%), situando-se o rácio de autonomia financeira do setor nos 28% (33% no total das empresas), menos um ponto percentual do que em 2016.

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