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Aprovado o fim dos motores a combustão

| Revista ACP

Comissão, Parlamento Europeu e estados-membro de acordo quanto à data para proibir a venda de viaturas novas a gasolina e gasóleo.  

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Os automóveis novos com motores a gasolina e gasóleo vão deixar de ser vendidos na Europa a partir de 2035. A decisão da Comissão Europeia e dos 27 estados-membro prevê uma transição progressiva durante 13 anos.

Até 2030, a industria automóvel vai ser obrigada a cortar em 55% as emissões médias de gases poluentes dos automóveis novos… cinco anos depois apenas veículos de zero emissões vão poder ser vendidos no mercado europeu.

A Comissão Europeia vai publicar relatórios a cada dois anos com uma análise sobre os progressos da medida, mas também o impacto desta decisão sobre a acessibilidade dos consumidores aos carros novos e também os efeitos sobre a economia no setor automóvel.

Atualmente, os automóveis ligeiros são responsáveis por 12% de todas as emissões de CO2 na EU. A Comissão Europeia garante que estas regras e este calendário protege a indústria automóvel, que emprega mais de 13 milhões pessoas, representando mais de 7% do emprego da União Europeia.

Mas o sentimento não é recíproco da parte dos construtores. Na Europa, no primeiro trimestre de 2022, as vendas de automóveis elétricos representaram apenas 10% do mercado, mas o que preocupa mais a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA na sua sigla inglesa) é a falta de uma rede carregamentos robusta, o aumento do custo das matérias-primas para as baterias, que encarece a produção automovel, e ainda os tempos de incerteza vividos por causa da guerra na Ucrânia.

Segundo um estudo da consultora McKinsey, até 2030 são necessários 6,8 milhões de postos de carregamento espalhados pela Europa para conseguir dar resposta à meta de redução de 55% das emissões. Para o conseguir, seria necessário instalar 14 mil postos por semana, contra os atuais 2 mil postos. Dos cerca de 250 mil postos existentes na União Europeia, 70% estão concentrados nos Países Baixos, França e Alemanha.

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