6 conselhos para evitar os ângulos mortos

Sugestões para uma condução mais segura

Grande parte dos condutores já sentiu um susto ao ser ultrapassado por um veículo que não tinha visto antes, ou quase bater por não ter visto que uma viatura passou a estar lado a lado com a sua. Isto deve-se aos chamados ângulos mortos, em que se deixa de ter campo de visão em certas áreas circundantes ao automóvel, o que pode desencadear acidentes. Mas existem fornas de contornar os ângulos mortos e garantir uma maior segurança rodoviária.

Por que razão existem ângulos mortos?

Os espelhos retrovisores são essenciais ao condutor. Através deles, é possível ver o que se passa atrás do veículo, sem que seja necessário movimentar a cabeça. Porém, os espelhos retrovisores refletem apenas uma área, e tudo o que fica fora dela deixa de ser visível ao condutor. Esta área não visível é tanto maior quanto a dimensão do veículo, e agravada se os espelhos retrovisores e a posição do condutor estiverem mal ajustados.

Onde estão os ângulos mortos

Também conhecidos por pontos cegos, os ângulos mortos vão depender do tipo de veículo que conduz. Por exemplo, numa carrinha ou num autocarro, um dos ângulos mortos estará na parte traseira do veículo, o que não acontece tão acentuadamente num carro. Porém, a maioria destes ângulos mortos é transversal às viaturas:

  • Para-brisas: o pilar A, também conhecido por pilar do para-brisas, impede a visibilidade num determinado ângulo. Estes casos acontecem, sobretudo, quando se pretende mudar de direção e existe um elemento externo com formato semelhante ao pilar, como peões ou motas vistas de frente.
  • Espelho retrovisor interior: se por um lado é uma ajuda, por vezes pode dar “falsas” informações. O ângulo morto acontece quando o relevo é acidentado e perante cruzamentos de estradas com diferentes declives, sobretudo acentuados. Nestes casos, alguns elementos ficam “escondidos”.
  • Espelhos retrovisores exteriores: É, talvez, o ângulo morto mais comum. Os espelhos retrovisores exteriores não conseguem dar uma visão total ao condutor, sobretudo se se tratar de uma moto ou bicicleta.

É importante saber onde se situam os ângulos mortos de cada veículo, de modo a evitar a sua ocorrência, e a ter atenção redobrada nesses casos. Frequentar um curso de condução defensiva é também uma boa forma de se proteger a si e aos outros.

Tecnologia contra ângulos mortos

Em 2004, para evitar a sinistralidade decorrente dos ângulos mortos, a Volvo criou um sistema que avisa o condutor através de um sinal luminoso sempre que identifica a presença de um carro ou de um peão. O BLIS (Blind Spot Information System, ou Sistema de Informação de Ângulo Morto) socorre-se de câmaras, ultra-sons ou até de radares incorporados no veículo, os quais detetam a presença nas áreas em que o retrovisor não permite ver. Quando detetado algo, o sistema avisa o condutor através de sons ou de avisos luminosos.

Atualmente, a maioria dos carros novos já incorpora este sistema. Uma solução para quem não possui este equipamento no veículo, passa pela aquisição de espelhos retrovisores de grande ângulo. Estes permitem oferecer uma visão mais ampla da área imediatamente adjacente ao veículo, evitando ângulos mortos.

6 cuidados para evitar os ângulos mortos

Nem todos os condutores têm a possibilidade de ter um veículo com sistema BLIS incorporado. Mas há medidas que evitam os ângulos mortos:

  1. Ajuste o assento e o espelho retrovisor interior
    O ajuste destes dois componentes é essencial para obter uma boa visibilidade do que se passa ao redor da sua viatura.

  2. Regule os espelhos retrovisores laterais
    Estes espelhos, quando devidamente regulados, reduzem a possibilidade de ângulos mortos. Para isso, certifique-se que vê o final do seu veículo. Quanto menos área da carroçaria vir no espelho, maior o campo de visão que vai ter. Mas atenção: convém sempre ver um pouco do automóvel, de modo a ter uma referência espacial do mesmo.

  3. Sinalize devidamente todas as manobras
    As luzes de mudança de direção (os "piscas") devem ser acionadas antes das manobras e não no momento em que as faz. Só assim os outros condutores saberão quais as suas intenções.

  4. Tenha atenção nas rotundas
    Ultrapassagens ou mudanças de via são momentos com maior risco de colisão devido aos ângulos mortos.

  5. Verifique o campo de visão
    Quando olhar para o retrovisor, chegue-se um pouco mais à frente ou então vire ligeiramente a cabeça para perceber se, de facto, não existe outro veículo ou peão perto da sua viatura. Esta é uma forma de ampliar um pouco mais o seu campo de visão. Faça-o de forma rápida e sem mudar a direção do veículo.

  6. Identifique os ângulos mortos da sua viatura
    Conhecer os ângulos mortos, quer da sua sua viatura quer das restantes, é fundamental para evitar colisões, especialmente se conduzir motos ou bicicletas.

 

Condução exemplar

Saber evitar ou agir perante ângulos mortos é fundamental para uma condução segura. A forma como se ensina a conduzir tem um grande impacto na segurança e na responsabilidade ao conduzir. Por isso, escolher uma escola de condução é muito mais do que comparar preços e localização. É preciso ter também em conta a qualidade dos formadores. Nas escolas de condução ACP, a segurança dos condutores é o principal objetivo, mesmo durante a aprendizagem. 

Se já tem carta, pode frequentar um curso de condução defensiva com o ACP, de modo a saber lidar e evitar ângulos mortos, assim como aprender outros métodos que permitem evitar acidentes.

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