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Estes sinais dão direito a multa e reboque

| Revista ACP

Zonas de estacionamento para moradores têm praticamente o mesmo sinal que as zonas de parquímetros. Descubra as diferenças.

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A cena repete-se várias vezes ao dia, todos os dias da semana. Os automobilistas estacionam o carro, pagam o parquímetro e vão tranquilamente à sua vida. Poucos minutos depois, surgem os fiscais da EMEL que bloqueiam e enfaixam os automóveis. Tudo porque as zonas de estacionamento mudaram - responsabilidade da Câmara de Lisboa - mas, acima de tudo, porque os sinais são praticamente idênticos e induzem em erro quem não ler as legendas...

O regulamento que define a sinalização é da responsabilidade do Governo e do Parlamento e só através deles pode ser alterado (por iniciativa própria, popular ou a própria autarquia o poderia recomendar...), mas a avaliar pela chuva de coimas a receita poderá justificar a autêntica caça à multa a que se assiste diariamente em várias zonas de Lisboa.

Cláudia Fidalgo, arquiteta, 40 anos. Parou o carro na Rua Rosa Araújo e pagou 8 euros através da app ePark. Quando regressou tinha o automóvel bloqueado. Surpreendida, acabou por ter de pagar mais 140 euros para sair dali. A conclusão é generalizada: "Estes sinais não se distinguem dos outros. Pensava que estava a fazer tudo bem, mas afinal não", lamenta a arquiteta. As próprias brigadas da EMEL admitem que a situação é uma "ratoeira" mas defendem-se com a falta de sinais alternativos e devidamente esclarecedores para evitar esta situação.

Em Lisboa existem atualmente dez grandes áreas de estacionamento reservado a moradores, sendo a maior delas na zona de São Bento, essencialmente residencial.

O problema surge sobretudo quando há grande mistura de serviços e habitação. Em Sete Rios, a Praça Nuno Rodrigues dos Santos é uma armadilha com queixas contra a EMEL a sucederem-se no Portal da Queixa.

Acresce ainda casos como o da Rua Rosa Araújo: o estacionamento para moradores ocupa o lado esquerdo e a zona de parquímetros está do lado direito... Com sinais idênticos e, por vezes, tapados pelos ramos das árvores, o incumprimento inconsciente é constante. Situação que os fiscais da EMEL também acompanham de perto diariamente ao virar da esquina, onde estão quase residentes.

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