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Fábrica da PSA poderá criar até 300 novos empregos

| Revista ACP

A produção de novo modelo em Mangualde pode vir a exigir a contratação de uma terceira equipa.

"As primeiras expectativas para o carro novo (denominado K9) são de aumentar a produção até aos 75 mil carros, o que nos obriga a montar uma terceira equipa (de trabalhadores), que é o que todos esperamos", afirmou José Maria Castro Covello, diretor geral da Fábrica da PSA, em Mangualde.

Segundo aquele responsável, na fábrica de Mangualde, no distrito de Viseu, trabalham cerca de 725 pessoas, prevendo-se que no lançamento do novo modelo estarão duas equipas, integrando 650 pessoas.

"Uma terceira equipa incluiria 250/300 pessoas. Além das necessidades próprias da fábrica, haverá um aumento do 'sourcing' (abastecimento externo)", adiantou, indicando ainda que dos atuais 4% de compras a fornecedores portugueses se deverá passar para 25% aquando do novo modelo. Castro Covello referiu que haverá, assim, "100 empregos indiretos de proximidade que se devem criar".

Já quanto à produção atual veículo, denominado B9 (Citroen Berlingo e Peugeot Partner), pode ter chegado às 50 mil unidades fabricadas em 2016 (os valores ainda não estão fechados), envolvendo 260 fornecedores e criando 200 empregos indiretos.

Atualmente, a fábrica está a ser preparada para o novo modelo (o K9), cuja primeira caixa deverá ser produzida no final deste ano, estando agendado o lançamento do veículo em 2018.

"Os ensaios estão a ser muito positivos e o carro deverá ser um grande sucesso. Mas temos um pequeno problema em Portugal, que pode ter certos riscos para a atividade industrial, que é o tema das portagens", admitiu o responsável, indicando que o eixo dianteiro superior a 1,20 metros deixará o K9 de fora da classe que paga menos nas portagens (classe 1).

"Acho que está em vias de solução" a questão das cobranças nas autoestradas, indicou o responsável, numa referência à constituição de um grupo de trabalho e a uma conversa que teve com o primeiro-ministro, António Costa, sobre o tema.

Em causa está a discussão dos critérios de classificação de veículos para pagamento de portagens nas autoestradas, nomeadamente a alteração do critério de altura no eixo dianteiro dos automóveis. A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) já solicitou que dos atuais 1,10 metros se passe para mais de 1,30 metros.

José Maria Castro Covello referiu ainda a aposta do grupo PSA na indústria digital, que será acelerada com a participação no projeto INDTECH 4.0 - novas tecnologias para fabricação inteligente, que terá a duração de 36 meses.

Este projeto envolve um investimento estimado de 12 milhões de euros e junta a PSA de Mangualde, três universidades e cinco parceiros tecnológicos, assente nos seguintes eixos: sistemas robóticos inteligentes (robôs colaborativos), sistemas avançados de inspeção e rastreabilidade (visão artificial), sistemas autónomos de movimentação, fábrica digital e fábrica do futuro.

Anteriormente tinha sido já anunciado o investimento na unidade de Mangualde, até 2018, de cerca de 48 milhões de euros.

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