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VW defende produção automóvel também em países não democráticos

| Revista ACP

Segundo o gestor alemão, "limitar a atividade a países democráticos não é um modelo de negócio viável para os fabricantes"

O CEO da VW, Herbert Diess, admitiu esta terça-feira que os fabricantes de automóveis não podem sediar a sua produção apenas em países democráticos. Segundo o gestor alemão, "limitar a atividade a países democráticos não é um modelo de negócio viável para os fabricantes", uma frase proferida  na conferência de imprensa em que foi anunciada a transferência da produção para a China e os Estados Unidos, resultado da guerra na Ucrânia. Diess revelou que vai ser dada prioridade à China este ano.

"Vamos transferir mais para a China devido à situação na Europa", disse Diess. Quando questionado sobre a forma como o construtor de automóveis responderia no caso da China atacar Taiwan, disse que não acreditava que o país daria tal passo. "A China tem um grande interesse em manter as fronteiras abertas", disse Diess. "Pensamos que é um trunfo para nós sermos fortes na China. A China é um bastião para nós".

O fabricante de automóveis suspendeu a produção na Rússia na sequência da invasão do país pela Ucrânia. A falta de arneses de arame normalmente provenientes da Ucrânia foi a restrição mais significativa da cadeia de fornecimento neste momento, disse Diess, afectando a maioria das fábricas alemãs. Diess confessou ainda que se não conseguir relocalizar a produção em 3 a 4 semanas, as suas previsões anuais vão ter de ser revistas.

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