Prémio Inovação em Segurança Rodoviária foi para aluno de Coimbra

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O vencedor da 1ª edição foi Francisco Duarte, com um projeto que substitui as lombas antes das passadeiras e gera energia elétrica. Foram também atribuídas duas bolsas de mérito.

Distinguir as ideias mais inovadoras na área da segurança rodoviária, fazê-las avançar para a fase de teste em protótipo e, depois, promovê-las junto de empresas e entidades para que as apliquem na via pública são as três etapas que compõem o objetivo do Prémio Inovação em Segurança Rodoviária, criado pelo Automóvel Club de Portugal e a BP, em parceria com a Agência Nacional de Inovação (ANI) e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).

“Estes prémios são muito importantes e beneficiam a segurança rodoviária ao mesmo tempo que estimulam a investigação e a inovação universitárias, podendo até trazer vantagens ambientais”, referiu o presidente do ACP no momento da entrega do prémio vencedor e das duas bolsas de mérito da 1ª edição do prémio. Na cerimónia, Carlos Barbosa garantiu que “este prémio não se resume à entrega de um cheque, pois o clube vai também encaminhar os projetos para a Federação Internacional do Automóvel (FIA), o maior promotor mundial da segurança rodoviária, que possui uma vasta rede de parceiros multinacionais, dando-lhes assim enorme visibilidade e viabilidade”. Barbosa adiantou ainda que a edição de 2017 irá ter muitas surpresas.

Já o responsável pela Segurança da BP Portugal, Luís Costa e Silva, destacou “a lacuna que este prémio veio preencher em termos de segurança rodoviária, constituindo o principal estímulo para os jovens nas universidades abordarem esta área”. Para Costa e Silva, “com este prémio torna-se mais fácil chegar ao mercado de trabalho”.

Já Paulo Sá e Cunha, da Agência Nacional de Inovação, destacou que “em Portugal faz-se muita investigação e pouca inovação, o que também acontece com os projetos na área da segurança rodoviária, pelo que este prémio é uma excelente oportunidade de reverter esta situação”. Sá e Cunha exortou os premiados a “irem mais longe do que a fase dos protótipos e provar a sua aplicabilidade no quotidiano das cidades”. 

Também o representante do CRUP, Jorge Martins, referiu “ser muito importante que este prémio tenha continuidade”, acrescentando que “foi difícil ter de escolher estes três vencedores no meio de tantos projetos bons que foram apresentados”.

O vencedor da edição 2016 do Prémio Inovação em Segurança Rodoviária foi atribuído a Francisco Duarte, da Universidade de Coimbra, criador do projeto Venex, “um tapete com 40 metros instalado antes das passadeiras que reduz a velocidade do veículo sem intervenção do condutor ao mesmo tempo que gera energia elétrica, substituindo com muito mais eficácia e conforto as tradicionais lombas”. Um prémio que valeu 10 mil euros e que será, segundo Duarte, “investido no desenvolvimento do protótipo do Venex”.

Uma das bolsas de mérito, no valor de 500 euros, foi entregue à equipa de João Pereira, Pedro Rocha, Sara Anjo e Rui Baptista, com o projeto "LEDViser", da Universidade de Coimbra. “Trata-se de um dispositivo portátil que pode ser colocado nas costas de um ciclista ou na sua mochila, e que através do movimento dos braços acende um pisca que indica aos automobilistas se ele vai virar à esquerda ou à direita ou, quando desacelera ou trava, acende uma luz vermelha de stop”, descreveu João Pereira.

A segunda bolsa, no mesmo valor, foi para Inês Seco, da Universidade da Beira Interior, que apresentou um “relógio que, através de um biossensor que mede a alcoolemia detetada no suor, indica ao seu portador a quantidade de gramas de álcool por litro de sangue naquele momento, tendo um alarme sonoro que dispara quando são ultrapassados determinados níveis”.

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