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Produção de bicicletas está a disparar em Portugal

| Revista ACP

A paralisação da atividade económica na Europa está a levar ao aumento da produção de bicicletas e componentes no nosso País.

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Numa altura em que a produção nos seus vários sectores está suspensa em muito países da Europa devido à pandemia da COVID-19, a procura de bicicletas e e-bikes disparou, provocando uma procura elevada na produção nacional com algumas empresas a trabalhar a cem por cento, mantendo estritamente as regras de segurança para conter a propagação do vírus.

A informação é da ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins que refere, em comunicado, que “a necessidade de novas respostas no que à micro-mobilidade diz respeito, nomeadamente nos mercados centro e norte-europeus está a criar uma enorme pressão nos pontos de venda e como tal também na produção de bicicletas e e-bikes”.

“O público não confia nos transportes públicos, pois o ato de evitar concentração de pessoas e proximidade social é fundamental para controlar a propagação do novo Coronavirus. Por outro lado, o uso, ou mesmo a aquisição do automóvel não se apresenta como opção para deslocações curtas e não só e por isso os mercados, com enfoque na Alemanha, aumentaram significativamente a procura de bicicletas e e-bikes”, adianta aquela associação.

Neste contexto, Portugal está a surgir como o local óbvio para responder às necessidades do mercado. “Cadeias de distribuição curtas, capacidade de produção e a qualidade do produto final, são fatores que provocam e sobretudo aumentam a procura do nosso mercado, enquanto fornecedor”, destacam os produtores de bicicletas.

Gil Nadais dirigente da ABIMOTA refere ainda que “a capacidade de resposta e a criatividade das nossas empresas e empresários, está a ser testada e a resposta ao teste está a ser plenamente positiva. Não podemos deixar de referir que este é o caso de algumas empresas que exportam para mercados onde as pessoas têm possibilidade de ir trabalhar, porque onde as restrições são maiores, o mercado está fechado e as empresas estão a paralisar”.

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