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Navio com 4 mil veículos do Grupo VW afundou ao largo dos Açores

| Revista ACP

Embarcação levava a bordo mais de 360 milhões de euros em automóveis rumo aos Estados Unidos, entre Porsche, Bentley, Audi e VW 

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O cargueiro que pegou fogo no Atlântico enquanto transportava cerca de 4.000 veículos do Grupo Volkswagen para os EUA afundou-se, apesar dos esforços para o rebocar em segurança.

O Felicity Ace afundou-se esta terça-feira a 220 milhas náuticas ao largo da costa dos Açores de Portugal por volta das 9h00, depois de ter sido atingido pelas ondas e se ter inclinado 45 graus para estibordo, disse o operador do navio.

João Mendes Cabeças, o capitão do porto da ilha do Faial, explicou à Reuters que o Felicity Ace, com pavilhão do Panamá, afundou-se quando se iniciavam os esforços para o rebocar, devido a problemas estruturais causados pelo fogo e mares agitados.

"Quando a operação de reboque começou... a água começou a entrar", explicou aquele elemento da Marinha Portuguesa. "O navio perdeu a sua estabilidade e afundou-se".

Pat Adamson, um porta-voz da MOL Ship Management, uma unidade da Mitsui OSK Lines Ltd., citado pela Automotive News, contou que "o tempo estava muito mau lá fora...e depois o navio afundou-se, o que foi uma surpresa".

O Grupo Volkswagen tinha a bordo cerca de quatro mil modelos das marcas VW, Porsche, Audi, Bentley e Lamborghini, que estavam a caminho do porto de Providence, em Rhode Island, após partida do porto alemão de Emden, na fronteira com os Países Baixos, quando o incêndio deflagrou a 16 de Fevereiro, numa operação de salvamento levado a cabo pela Força Aérea Portuguesa, através da Esquadra 751, que recuperou os 22 tripulantes. Acredita-se que o incêndio tenha durado mais de uma semana após a evacuação da tripulação do navio, que depois foi deixado à deriva.

A Volkswagen recusou-se a comentar a situação. O construtor de automóveis alemão temia que um grande número dos seus carros a bordo não fossem recuperáveis, com marcas e concessionários a notificarem os clientes de que os veículos com destino aos Estados Unidos quase de certeza não seriam entregues. Os danos nos carros estão cobertos por seguro, disse o construtor de automóveis na semana passada.

Numa projecção em que foi assumida a perda total dos veículos, a empresa de análise de risco Russell Group, citada pela Automotive News, estimou que o incidente poderia custar ao fabricante de automóveis pelo menos 140 milhões de euros. Cerca de 395 milhões de euros de mercadorias estavam a bordo do navio, dos quais mais de 360 milhões de euros eram automóveis.

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