Pedro Miguel Costa, CEO do Grupo Loja das Meias, veio a estúdio para mais uma conversa sobre o tema “Memórias dos Anos 80”, onde recordou como era a moda e a forma de a consumir nessa época. Ligado a uma das lojas mais emblemáticas de Lisboa na década de 80, aquele gestor conta ainda a história da Loja das Meias, que desde 1906 está nas mãos da sua família, ou seja, há exatamente quatro gerações. “Mas a história da loja começou em 1846 quando vendia meias, espartilhos e camiseiros”, conta-nos.
Uma longa existência que se confunde com a história da cidade, sendo das poucas lojas que se mantêm na mesma família há mais de um século. Para Pedro Miguel Costa, o segredo deve-se “ao ADN dos seus proprietários, que seguindo a tradição familiar desde os primórdios estão sempre a inovar”.
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Com a década de 60 chegou a Portugal o conceito de pronto-a-vestir, mas também neste aspeto a Loja das Meias marcou vinte anos depois, tornando-se na primeira a desenvolver esse conceito com marcas internacionais, para depois incentivar a produção nacional com ideias trazidas de fora e que eram concretizadas pelas fábricas portuguesas.
Do espírito irreverente e descontraído dos anos 70, a moda da década seguinte viria a ser marcada por cores vivas e novos materiais, mas não só. “Passou a existir uma maior consciência para a saúde e para o culto do corpo, que a aeróbica ajudou a cimentar. Surgiram as licras que deram uma nova silhueta às mulheres, os ombros largos ou as cinturas muito marcadas”, recorda Pedro Miguel Costa. Os anos 80 foram também a época das grandes festas do social com uma imprensa cor-de-rosa que nascia, ávida por cobrir esses acontecimentos, onde o mercado de luxo começava a despertar em Portugal conquistando sobretudo uma classe emergente com elevado poder de compra desejosa por não passar despercebida.
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