A responsabilidade de quem tem um clássico

| Revista ACP

Luís Cunha alerta para os perigos escondidos nos automóveis clássicos e para a necessidade de assegurar que mantêm todas as condições de segurança.

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No mais recente podcast do Automóvel Clube de Portugal, Luís Cunha, diretor do ACP Clássicos, falou sobre a importância da segurança e da responsabilidade na condução de automóveis clássicos, veículos que, apesar do charme e do valor histórico, exigem cuidados redobrados.

“O seguro é um aspeto muito importante na utilização dos clássicos”, começou por sublinhar, lembrando que, embora a sinistralidade neste segmento seja baixa, o ACP Clássicos trabalha há mais de duas décadas para garantir que as companhias reconhecem o valor histórico destes veículos. “Tratam-nos como peças de coleção, não como carros velhos para bater”, destacou.

Um dos temas que mais preocupação gera, segundo Luís Cunha, é o estado dos pneus.

“A maioria dos proprietários não tem noção do estado dos seus pneus. Olham para eles e parecem impecáveis, mas podem ter 20 anos”, alertou.

O responsável lembrou um caso recente de um acidente causado por rebentamento de um pneu antigo, que “parecia novo, mas era ótimo apenas para um museu”.

O diretor do ACP Clássicos referiu ainda que cerca de 60% dos carros que passam pelo processo de certificação já precisavam de pneus novos.

Quando os proprietários percebem o risco, a maioria troca. E não só por segurança: o carro fica mais confortável, curva melhor e trava com mais eficácia”.

Além da segurança, o ACP Clássicos apoia os sócios na manutenção e restauro dos veículos, ajudando a encontrar peças raras.

 

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Luís Cunha destacou uma parceria com a ValorCar, que criou uma base de dados aberta ao público com peças de automóveis em fim de vida, uma ferramenta útil para quem procura componentes de modelos antigos.

Com o avanço da tecnologia, a reprodução de peças através de impressão 3D também tem vindo a ganhar terreno.

“Há pormenores únicos que já conseguimos replicar com grande qualidade, especialmente em carros dos anos 80 e 90, cujos plásticos se degradam com o tempo”, explicou.

Luís Cunha concluiu com uma mensagem de responsabilidade: “Mais do que restaurar um carro bonito, é essencial garantir que ele é seguro. Porque um clássico merece respeito e o condutor também".


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