A Tesla apresentou nos Estados Unidos novas versões mais acessíveis dos seus modelos elétricos mais populares: o Model Y Standard e o Model 3 Standard.
Estas variantes de entrada foram criadas para impulsionar as vendas da marca, que atravessa um dos períodos mais difíceis da sua história.
Os preços arrancam nos 36 990 dólares para o Model 3 e nos 39 990 dólares para o Model Y, valores significativamente mais baixos que os das versões anteriores, menos 5500 e 5000 dólares, respetivamente.
Apesar da redução de custos, estas versões são apontadas como as mais eficientes da marca até agora, oferecendo até 516 km de autonomia graças a um pack de baterias com 69 kWh de capacidade.
Parte do aumento da eficiência deve-se a um novo design exterior, descrito pela marca como “distintivo” e mais aerodinâmico.
Na realidade, traduziu-se na disponibilização de apenas três cores (branco, cinzento e preto) e no desaparecimento da faixas luminosas dianteira e traseira do Model Y.
Já no interior, houve uma simplificação clara: o couro sintético foi substituído por tecido parcial e a consola central foi reduzida, seguindo a abordagem minimalista já vista na Cybertruck.
Não existe chave física, o acesso faz-se exclusivamente através do smartphone.
Em termos tecnológicos, os modelos Standard mantêm o ecrã central de 15,4’’, controlo remoto da climatização, os modos Sentry e Dog Mode, bem como o sistema Autopilot.
Já a versão com condução autónoma completa pode ser adicionada como extra nos EUA. A produção destas versões será feita nos EUA, não sendo ainda garantido que cheguem sequer ao mercado europeu.
Se tal acontecer a Tesla terá de recorrer às fábricas de Berlim ou Xangai, sendo esta última opção menos provável devido às tarifas de importação da União Europeia sobre veículos elétricos fabricados na China.
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Estas novas versões surgem numa altura crucial para a Tesla. As vendas caíram 13% a nível global entre abril e julho, e a receita no último trimestre recuou 12%, situando-se nos 22,5 mil milhões de dólares.
Elon Musk já admitiu que a empresa poderá enfrentar "alguns trimestres difíceis".
Entre os fatores que contribuíram para o declínio estão o aumento do custo de vida, a redução do interesse nos veículos elétricos em alguns mercados, cortes nos incentivos fiscais nos EUA e a menor procura na China, um dos mercados-chave da marca.