O “rugido” imponente do motor de seis cilindros opostos e a pintura irreverente continuam a assegurar que o Porsche 911 ST que protagoniza mais um “Memórias do meu clássico” continua a captar atenções tal como quando chegou a Portugal.
A sua vinda para o nosso país em 1970 deu-se pela mão de Américo Nunes, uma das figuras mais marcantes do automobilismo nacional.
Vindo diretamente da Alemanha, o Porsche 911 ST foi preparado para o Campeonato Nacional de Ralis, que viria a vencer nesse mesmo ano.
O seu visual arrojado, aliado à leveza e potência do carro, tornavam-no impossível de ignorar nas classificativas.
Já a sua pintura valeu-lhe a alcunha pela qual ainda hoje é conhecido: “Bomba Verde”. Após o sucesso em Portugal, este 911 ST teve um percurso internacional.
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Foi vendido para Rouen, França, onde participou em competições como o Tour Auto. Entretanto regressou a Portugal e em 2007 foi adquirido por Manuel Ferrão, sócio do ACP que ainda hoje se recorda da primeira vez que o viu.
Como nos conta, foi em 1970 na Rampa da Serafina, em Monsanto, em 1970, precisamente a prova em que o “Bomba Verde” se estreou. Desde então, aquele carro ficou-lhe na memória, até que, décadas depois, teve a oportunidade de o adquirir.
Hoje, o 911 ST não é apenas um carro de coleção: continua a competir em provas de clássicos, tanto em Portugal como no estrangeiro.
É precisamente por causa da competição que todos os anos pai e filho viajam até Spa-Francorchamps, na Bélgica, aos comandos deste 911 ST.
Segundo Manuel Ferrão esta escapadinha, longe de ser um momento de descanso, é uma oportunidade para partilhar a paixão pela velocidade e pelo carro que é, para ambos, um verdadeiro elo de ligação.
Por tudo isso, apesar de algumas avarias e dos custos inevitáveis da manutenção de um clássico de competição, Manuel Ferrão prefere valorizar as memórias que o carro proporcionou.