A Jaguar Land Rover (JLR, designação oficial do grupo) nomeou P.B. Balaji como presidente executivo (CEO) da holding que controla as marcas Jaguar e Land Rover.
O novo CEO era o administrador financeiro do grupo Tata Motors, que detém e controla a JLR desde 2008, e vai substituir Adrian Mardell, que decidiu reformar-se ao fim de 35 anos na empresa – os últimos três como CEO.
De acordo com o comunicado da JLR, Balaji é “um líder conceituado”, com uma carreira de “32 anos entre a indústrias automóvel e de bens de consumo”, desempenhando funções nas áreas financeira e logística.
“Agradeço ao Adrian [Mardell] pela excelente recuperação da JLR e pelos resultados alcançados. Estou muito satisfeito por nomear Balaji como novo CEO […] que está associado à empresa há muitos anos e familiarizado com a estratégia. Esta mudança vai garantir que vamos continuar a acelerar a nossa jornada para reinventar a JLR”, afirma Natarajan Chandrasekaran, presidente do conselho de administração da JLR e da Tata Motors.
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A troca de CEO ocorre num momento controverso para a JLR.
Adrian Mardell, que assumiu a liderança em 2022, fica ligado à reestruturação da dona da Jaguar e da Land Rover, passando de prejuízos a lucros. No entanto, Mardell é também o rosto que lançou a nova estratégia da JLR – ainda em curso e com resultados por conhecer. Por um lado, dividiu a Land Rover em três submarcas – Range Rover, Defender e Discovery – e avançou com o polémico reposicionamento da Jaguar. O plano para a Jaguar inclui novo logo e lettering, transição de marca premium para uma 100% elétrica e paragem inédita de produção de todos os modelos para se focar na gama elétrica, que deverá ser lançada em 2026.
A estratégia da JLR ser uma “casa das marcas” é vista com desconfiança, sobretudo no caso da Jaguar, uma vez que a nova estratégia tem provocado perdas assinaláveis nas vendas dos modelos Jaguar, o que levou Donald Trump, presidente dos EUA, a criticar publicamente a liderança de Mardell e a operação da Jaguar. Acresce a incerteza gerada na indústria automóvel com a política tarifária dos EUA.
Contudo, os planos para a Jaguar e Land Rover não deverão ser alterado pelo novo CEO, que integra o conselho de administração da JLR desde 2017 como administrador não-executivo, que está por dentro da nova estratégia desde o início.