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Seat 600 e Mii separados por duas épocas e seis diferenças

| Revista ACP

O Seat 600 e o seu herdeiro, o  Mii, levam-nos a viajar no tempo por seis grandes diferenças em 60 anos de condução.

Seat 600_Mii_1920

São dois automóveis com tamanho semelhante, dois veículos citadinos e ambos nasceram para dar resposta à mobilidade em épocas distintas: o Seat Mii e o 600, que este ano comemora o seu 60.º aniversário.

Cada um deles com caraterísticas próprias, separam-nos duas épocas e seis grandes diferenças:

1. O triplo da capacidade de bagageira: o espaço não era uma condicionante para que famílias de cinco pessoas, com a respetiva bagagem para um mês, deixassem de rumar em direção a algum sítio. Situada na parte dianteira, a bagageira do 600 apresentava 68,5 litros de capacidade. Ainda que o Mii tenha dimensões exteriores semelhantes, a sua bagageira é três vezes maior, com um total de 238 litros, e está na zona traseira, tal como acontece na maioria dos automóveis atuais;

2. Portas com abertura invertida: uma das singularidades deste automóvel dos anos 50 era a de, nas primeiras versões, ter as portas a abrir ao contrário; isto é, para a frente. Outra das caraterísticas deste modelo estava nos assentos, semelhantes aos dos sofás em termos de desenho e de padrões;

3. Da falta de cintos de segurança aos sistemas mais avançados: os primeiros 600 não incluíam cintos de segurança nem encostos de cabeça, de modo que os bancos apenas apoiavam 40% do corpo. O Mii não só inclui estes dois elementos, como conta com quatro airbags e os sistemas de segurança e de assistência mais avançados, como é o caso da travagem automática em cidade para evitar colisões sempre que sejam detetados objetos. Algo impensável há mais de meio século;

4. Rodar o volante, uma questão de força: ao volante do 600, estacionar era uma questão de força. E a forma de enfrentar o calor, especialmente no verão, passava por baixar os vidros e deixar correr o ar. A direção assistida electro-hidráulica do Mii permite, em compensação, que os movimentos sejam suaves e ágeis, enquanto o sistema de climatização garante uma condução muito mais agradável e cómoda;

5. De 40 para 16 horas no tempo de fabrico: do “Pelotilla”, como popularmente era conhecido, foram produzidas 800.000 unidades entre 1957 e 1973. No pico da procura deste modelo, em 1958, a produção sextuplicou. Para fabricar cada uma destas unidades eram precisas mais de 40 horas, enquanto para o Mii ou qualquer outro modelo atual são precisas, em média, 16 horas, apesar de serem muito mais complexos;

6. Do automóvel que colocou um país sobre rodas ao ideal para o dia-a-dia: Lançado em 1957, foi com o Seat 600 que Espanha se encheu de automóveis ligeiros, mudando por completo o conceito de mobilidade da classe média, permitindo igualmente que famílias inteiras pudessem partir de férias. Por outro lado, no Seat Mii, nascido em 2011 como veículo urbano, mas que também é capaz de enfrentar qualquer grande viagem, os consumos descem quase para metade face ao seu antecessor: uma média de 4,5 l/100 km em comparação com os 7,8 a 8 l/100 km do ‘Pelotilla’.

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