Os citadinos elétricos vão dominar as cidades?

| Revista ACP

Neste episódio, o jornalista Rogério Lopes fala sobre como a eletrificação está a transformar o segmento dos citadinos.

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Neste episódio do podcast “ACP Elétrico do Ano” o jornalista Rogério Lopes reflete sobre o papel crescente dos carros citadinos e utilitários no novo paradigma da mobilidade elétrica.

A conversa centrou-se na transformação deste segmento, historicamente associado à simplicidade e acessibilidade, que hoje se reinventa com mais tecnologia, conforto e eficiência energética.

Apesar da ascensão dos SUV nos últimos anos, Rogério Lopes defende que os citadinos nunca desapareceram.

Modelos como o Fiat 500 ou o Renault Twingo sempre foram relevantes, e agora, com a eletrificação, estão a ganhar um novo fôlego, principalmente por questões ambientais e económicas.

“Hoje, um carro pequeno a combustão pesa mais nas emissões do que um SUV elétrico”, explica.

A eletrificação deste segmento traz também novos desafios: autonomia, espaço para baterias, peso e custo.

Mas para quem faz percursos urbanos, uma autonomia de 200 a 250 km é mais do que suficiente.

Como destaca Rogério, "colocar mais bateria significa mais peso e mais preço, há que encontrar equilíbrio".

Outro ponto em destaque é o crescimento dos carros elétricos vindos da China.

Marcas como a BYD estão a pressionar os fabricantes europeus, oferecendo tecnologia avançada a preços competitivos, algo que pode mudar o panorama da mobilidade urbana nos próximos anos.

Sobre o futuro da mobilidade, Rogério não tem dúvidas: “Tem de haver menos carros nas cidades".

O car-sharing, os transportes públicos e a mobilidade suave serão peças-chave.

Mas enquanto isso não acontece em larga escala, os citadinos elétricos são uma resposta viável para os desafios do trânsito, estacionamento e sustentabilidade urbana.

Apesar dos entraves, Portugal está bem posicionado em termos de infraestrutura de carregamento, e a plataforma Mobi.E é apontada como uma referência europeia.

Ainda assim, o preço e a transparência nos carregamentos públicos continuam a ser questões críticas.

 

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Ainda sobre os citadinos, Rogério Lopes explica que num segmento onde as margens são apertadas e o sucesso depende do volume, os fabricantes apostam em tecnologia, multifuncionalidade e parcerias para reduzir custos.

E mesmo com um futuro incerto, entre metas para 2035 e alterações regulatórias, os citadinos elétricos mostram-se cada vez mais como a solução prática para a mobilidade nas cidades.


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