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Ao volante do Renault Clio

| Revista ACP

Best-seller da marca gaulesa está maior do que nunca e tenta até cativar clientes do segmento acima.

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Há modelos cujo sucesso é tão grande que quase não precisam de apresentação, e o Renault Clio é, sem dúvida, um desses casos.

Com perto de 17 milhões de unidades vendidas desde o lançamento da primeira geração em 1990 (mais de 526 mil delas em Portugal) torna-se difícil encontrar alguém cuja história não tenha, de alguma forma, cruzado com a deste utilitário francês.

Com o segmento B a representar 82% das vendas da Renault no nosso país, não surpreende que a marca coloque grandes expectativas na sexta geração do seu best-seller, de longe um dos modelos mais relevantes da sua gama com motor de combustão.

Neste primeiro contacto com o novo Clio, tivemos a oportunidade de testar a versão full hybrid E-Tech, uma variante marcada por paradoxos.

Afinal, apesar de ser a mais potente da gama, com 160 cv, o sistema híbrido que combina um motor de combustão com um elétrico torna-a também a mais económica e ecológica.

Infelizmente, a fiscalidade nacional, que continua a taxar os automóveis tendo em conta a cilindrada, penaliza de forma significativa aquela que, em circunstâncias normais, seria a versão mais apelativa do Clio. Tudo porque esta integra um motor a gasolina com 1.8 l de capacidade.

Por esse motivo, uma versão cujo preço base começa nos 19 730 euros na configuração de topo esprit Alpine — valor inferior aos 19 903 euros pedidos pelo Clio com motor a gasolina de 115 cv e caixa automática na versão mais simples techno — acaba por sofrer um forte agravamento em sede de ISV.

Na prática, são 3838 euros de ISV para a versão híbrida, mais eficiente e amiga do ambiente, contra apenas 576 euros para a variante a gasolina, o que altera de forma drástica o preço final.

Ao volante

À margem das particularidades da fiscalidade nacional, mantêm-se as qualidades intrínsecas do Clio full hybrid E-Tech, cujas prestações proporcionadas pelos 160 cv do conjunto são bastante interessantes.

Capaz de arrancar em modo totalmente elétrico e de circular sem emissões em até 80% das situações no ambiente urbano, o Clio híbrido impressiona pela suavidade de funcionamento do sistema, revelando uma evolução notória face à geração anterior.

A marca anuncia consumos de 3,9 l/100 km e, neste primeiro contacto, composto por longos troços de autoestrada e sem qualquer preocupação com eficiência, foi possível alcançar uma média de 4,9 l/100 km sem esforço.

Em estradas mais sinuosas, o acréscimo de 3,9 cm na largura das vias permitiu à Renault aprimorar o comportamento dinâmico do Clio, que já se posicionava entre os mais eficazes do seu segmento.

Apesar das capacidades evidentes para enfrentar percursos de montanha, o Clio continua a destacar-se pelo conforto de rolamento, agora reforçado por uma insonorização particularmente bem conseguida, sobretudo em autoestrada, onde se mostrou estável e seguro, mesmo sob chuva intensa.

Por fim, merece destaque o modo de condução “Smart”, capaz de interpretar o estilo de condução e ajustar automaticamente o modo adequado, evitando que o condutor tenha de alternar entre “Eco”, “Normal” e “Sport”.

No que diz respeito à utilização quotidiana do novo Renault Clio, a manutenção de comandos físicos para a climatização representa uma vantagem em termos de ergonomia, enquanto a qualidade dos materiais e a solidez da montagem o colocam entre as referências do segmento.

 

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Mantendo o carácter agradável e a facilidade de condução que sempre o distinguiram, o Clio surge agora com mais argumentos do que nunca.

 Depois deste primeiro contacto ficou claro que a Renault tem razões para acreditar que não só conseguirá manter-se no topo do segmento, como poderá até conquistar clientes de segmentos superiores que procuram um modelo mais compacto.

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