A Federação Internacional do Automóvel (FIA) e a Extreme H assinaram um acordo histórico que dá luz verde ao primeiro Campeonato do Mundo de desporto motorizado com veículos movidos a hidrogénio.
O novo FIA Extreme H World Cup estreia já este ano na Arábia Saudita e promete marcar um novo capítulo na evolução sustentável do automobilismo.
O objetivo desta parceria passa por acelerar a inovação no uso de hidrogénio como fonte de energia limpa e posicionar a competição como referência mundial na transição energética no desporto motorizado.
O campeonato utilizará tecnologia de pilha de combustível para alimentar os carros e toda a infraestrutura do evento — desde o paddock até à transmissão televisiva.
Este projeto nasce da experiência adquirida pela Extreme E, que começou por usar hidrogénio para carregar os seus veículos e, mais recentemente, passou a alimentar 80% das operações dos eventos com esta tecnologia.
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Agora, com a Extreme H, o foco está em escalar essa solução e demonstrar que o hidrogénio pode ser viável também em contextos mais exigentes.
Com emissões zero e um formato inclusivo, em que cada equipa terá obrigatoriamente um piloto homem e uma piloto mulher, o campeonato pretende destacar-se não só pelo compromisso com a sustentabilidade, mas também pela promoção da igualdade de género nas corridas.
Será apenas a segunda competição internacional de quatro rodas a adotar este modelo, depois da própria Extreme E.
A nova competição terá cobertura em 180 mercados através de 90 emissoras, apostando na combinação entre inovação tecnológica, consciência ambiental e um formato moderno que pretende atrair tanto os fãs tradicionais como uma nova geração de entusiastas.
Para Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, este acordo representa “um passo decisivo rumo a um futuro mais sustentável para o desporto motorizado”.
Já Alejandro Agag, fundador e CEO da Extreme H, destaca a importância do momento: “Este acordo com a FIA reforça a nossa missão de mostrar que a mobilidade limpa é uma realidade possível, dentro e fora das pistas.”