A Green NCAP divulgou esta quinta-feira os resultados de três novos testes ambientais. Em análise estiveram três modelos recentes, todos do segmento B, mas dois deles em formato SUV. Dos três, o Mazda 2 sai nos píncaros desta bateria de testes com impressionantes três estrelas e meia. Já o Ford Puma foi creditado com três estrelas, ao passo que o DS 3 Crossback, o único diesel em teste, recebeu uma classificação de duas estrelas e meia.
O Mazda 2 foi testado com o motor a gasolina Skyactiv-G de 1,5 litros e teve um desempenho impressionante. Este modelo teve uma classificação particularmente boa para a eficiência energética, com um índice de 6,9/10 neste indicador de desempenho. O controlo das emissões poluentes é bom mas beneficiaria de um filtro de partículas de gasolina (GPF), uma vez que as medições do número de partículas são elevadas em alguns dos testes mais exigentes da Green NCAP.
O Puma, o pequeno SUV crossover da Ford, testado aqui com o motor híbrido de 1,0 litros a gasolina de injecção directa, situa-se confortavelmente na faixa das três estrelas, com uma boa pontuação pela sua eficiência energética e resultados respeitáveis no controlo das emissões de poluentes e gases com efeito de estufa. O amoníaco (NH3), um poluente que não está regulamentado pela legislação, faz baixar a pontuação no Índice de Ar Limpo e uma melhoria nesta área de teste teria certamente elevado a classificação do Puma ao nível do Mazda 2, ganhando assim mais meia estrela.
O DS 3 Crossback faz a retaguarda nesta ronda de testes. Tal como o Ford, os esforços do DS3 Crossback para controlar as emissões de amoníaco e as de NOx também afetam os resultados dos duros testes do Green NCAP. Contudo, o filtro de partículas montado no motor turbo diesel de 1,5 litros funciona bem, com emissões de partículas bem controladas em todos os indicadores.
Aleksandar Damyanov, da Green NCAP, considera que "estes testes provam que os carros com motores de combustão modernos podem ter um bom desempenho. Os testes da Green NCAP vão, esperamos, encorajar os fabricantes a lutar pelos melhores níveis de controlo de emissões, o que significa utilizar todas as ferramentas à sua disposição. Por exemplo, as emissões de amoníaco precisam de ser mais controladas a fim de receberem uma classificação mais elevada. Os filtros de partículas fazem um excelente trabalho de controlo de partículas muito finas e o Mazda 2 teria tido um desempenho ainda melhor se tivesse sido equipado com um. Mas, em qualquer caso, parabéns à Mazda pelo desempenho impressionante, especialmente em termos de consumo de combustível".