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Europa quer rent-a-car 100% elétricos. Alemanha opõe-se

| Revista ACP

Plano da União Europeia para proibir empresas de aluguer de carros de comprarem veículos a combustão a partir de 2030 criticado pelo chanceler alemão.

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Depois de ter aprovado o fim da venda de novos automóveis com motor de combustão a partir de 2035, a União Europeia parece estar disposta a antecipar essa data para as empresas de aluguer de automóveis.

O plano ainda não está finalizado, mas ao que tudo indica a União Europeia quer obrigar as empresas de aluguer de automóveis e as grandes empresas a comprar apenas veículos elétricos a partir de 2030.

Segundo avançam algumas fontes, a proposta está ainda em fase preliminar, mas poderá ser oficialmente apresentada até ao final do verão, antes de seguir para aprovação no Parlamento Europeu.

De acordo com um porta-voz da Comissão Europeia, o plano está atualmente a ser discutido com os fabricantes de automóveis no âmbito de uma “avaliação de impacto”.

Por falar no impacto desta medida, um político europeu, citado pelo jornal alemão Bild, alerta que este plano “poderá afetar até 60% do mercado de carros novos na Europa”.

 

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Já Nico Gabriel, membro da direção da empresa de aluguer de automóveis Sixt, antevê consequências negativas, afirmando: “os clientes dificilmente voltarão a usar carros de aluguer”.

Nico Gabriel acrescenta ainda que a medida poderá ditar que “os consumidores deixarão praticamente de poder fazer leasing de veículos”.

Alemanha critica

Ora, face às eventuais consequências desta medida as críticas não se fizeram esperar, especialmente na Alemanha, país onde a indústria automóvel desempenha um papel central na economia.

Um dos críticos desta medida é o chanceler alemão, Friedrich Merz, que acusa a proposta de “falhar completamente o objetivo das necessidades conjuntas que atualmente temos na Europa”.

O chanceler alemão vai ainda mais longe nas suas críticas e afirma mesmo que uma medida deste género “poderia contribuir para a destruição da indústria automóvel europeia”.

Outros críticos deste plano apontam que o calendário proposto é demasiado ambicioso, podendo prejudicar tanto consumidores como empresas, tudo isto num momento em que a infraestrutura de carregamento elétrico ainda está em desenvolvimento em muitos países da União Europeia.

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