Tem as vacinas em dia?

Confirme e reduza os riscos de contrair determinadas doenças

As vacinas permitem reduzir os riscos de contrair determinadas doenças, estimulando as defesas naturais do organismo a construir proteção. Quando somos vacinados, o sistema imunitário responde de imediato. De acordo com a Organização Nacional da Saúde (OMS), existem, atualmente, vacinas que permitem prevenir mais de 20 doenças fatais. Graças a estas vacinas é possível que milhões de pessoas de todas as idades tenham uma esperança de vida maior e mais saudável. Daí resulta a importância de grande parte da população estar vacinada, e assim a atingir-se a imunização de grupo, a qual permite erradicar algumas patologias que podem levar à morte. Foi neste sentido que começaram a ser desenhados os planos de vacinação, de modo a obter-se a melhor proteção, na idade mais adequada e o mais precocemente possível. Em Portugal, o Plano Nacional de Vacinação (PNV) foi implementado em 1965 e é constantemente atualizado.

Com a pandemia causada pela Covid-19, o alerta para a importância da toma de vacinas veio novamente à ribalta. Assim, é importante saber: tem todas as vacinas do PNV em dia?

O que é o PNV?

O Plano Nacional da Vacinação (PNV) é um programa universal gratuito, desenvolvido pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS) e acessível a todos os residentes em Portugal. Este plano indica que tipos de vacinas devem ser tomadas, e com que idade, com vista a eliminar ou controlar determinadas doenças. O PNV contém vacinas internacionais, consideradas mais adequadas para a proteção da população.

Qual o objetivo do PNV?

O objetivo deste plano é proteger a população em geral “contra as doenças com maior potencial para constituírem ameaças à saúde pública e individual, e para as quais há proteção eficaz por vacinação”, explica o SNS. Individualmente, o intuito do PNV é transmitir imunidade a quem foi vacinado contra a doença. Porém, nem sempre é possível atingir-se esta imunidade. Veja-se o exemplo da vacina contra a Covid-19. Nestes casos, o objetivo é que quem contrai a doença tenha uma forma mais ligeira da mesma.

Já a nível da população geral, o que se pretende com o PNV é eliminar, controlar ou minimizar o impacto da doença na comunidade. Mas para se conseguir atingir este objetivo, é necessário que a percentagem de pessoas vacinadas seja a mais elevada possível.

O PNV é sempre o mesmo?

Não, o Plano Nacional de Vacinação não é sempre igual. Quando necessário, é revisto e atualizado pela Direção-Geral da Saúde, após proposta da Comissão Técnica de Vacinação. Nesta revisão, são tidos em conta fatores como as vacinas disponíveis, a frequência e distribuição das doenças no país, e a evolução social e dos serviços de saúde.

A última atualização do PNV português data de setembro de 2020, tendo entrado em vigor a 1 de outubro do mesmo ano.

Quais são as vacinas que integram o PNV e quando devem ser tomadas?

Atualmente, o Plano Nacional de Vacinação em vigor é o seguinte:

> Nascença:

  • 1.ª dose da vacina contra a hepatite B (VHB).

> 2 meses de idade:

  • Vacina hexavalente DTPaHibVIPVHB:
    • 1.ª dose contra a difteria, tétano e tosse convulsa (DTPa);
    • 1.ª dose contra doença invasiva por Haemophilus influenzae tipo b (Hib);
    • 1.ª dose contra a poliomielite (VIP);
    • 2.ª dose da vacina contra a hepatite B (VHB);
  • 1.ª dose da vacina conjugada contra infeções por Streptococcus pneumoniae de 13 serotipos (Pn13);
  • 1.ª dose da vacina contra Neisseria meningitidis B (MenB 1).

> 4 meses de idade:

  • 2.ª dose de DTPa, Hib e VIP (vacina pentavalente DTPaHibVIP);
  • 2.ª dose de Pn13;
  • 2.ª dose da vacina contra Neisseria meningitidis B (MenB 2).

> 6 meses de idade:

  • 3.ª dose de DTPa, Hib, VIP e VHB (vacina hexavalente DTPaHibVIPVHB).

> 12 meses de idade:

  • 3.ª dose da Pn13;
  • 3.ª dose da vacina contra Neisseria meningitidis B (MenB 3);
  • Vacina contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis C – MenC (dose única);
  • 1.ª dose da vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola (VASPR).

> 18 meses de idade:

  • Vacina pentavalente DTPaHibVIP;
    • 1.º reforço de DTPa (4.ª dose) e de VIP (4.ª dose);
    • único reforço de Hib (4.ª dose).

> 5 anos de idade:

  • 2.º reforço (5.ª dose) de DTPa e de VIP – vacina tetravalente DTPaVIP;
  • 2.ª dose de VASPR.

> 10 anos de idade:

  • Reforço da vacina contra o tétano e difteria (Td);
  • 2 doses da vacina (com intervalos de 6 meses) contra infeções pelo vírus do Papiloma humano de 9 genótipos (HPV9).

> Durante toda a vida:

  • Reforços das vacinas contra o tétano e difteria (Td) em doses reduzidas aos 25, 45, 65 anos de idade e, posteriormente, de 10 em 10 anos.

> Grávidas:

  • Em cada gravidez, dose única da vacina contra tétano, difteria e tosse convulsa (Tdpa), em doses reduzidas.

> Grupos com risco acrescido:

  • Vacina contra a tuberculose (BCG);
  • Vacina contra infeções por Streptococcus pneumoniae de 23 serotipos (Pneumo23);
  • Vacina contra doença invasiva por Neisseria meningitidis dos grupos ACW;
  • Vacina contra hepatite A, quando expressamente referidas e recomendadas.

Porque é que o PNV não inclui todas as vacinas?

No Plano Nacional de Vacinação estão apenas incluídas as vacinas a partir das quais se obtêm maiores ganhos na saúde da população. Porém, existem outras vacinas fora do PNV que conferem proteção a quem as toma. É o caso da vacina da gripe, que Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda fortemente aos grupos prioritários:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;
  • Pessoas com doenças crónicas nos pulmões, coração, rins ou fígado;
  • Diabéticos em tratamento;
  • Pessoas com doenças que diminuam a resistência imunitária ou outras doenças que diminuam a resistência às infeções;
  • Grávidas.

A primeira fase da toma desta vacina para a época 2021/2022 teve início a 27 de setembro, para os utentes e profissionais de estabelecimentos de resposta social, doentes e profissionais da rede de cuidados continuados, profissionais do SNS e grávidas.

A segunda fase teve início a 11 de outubro, e abrangeu os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos, assim como portadores de doenças que se encontrem definidos pela DGS.

Se está incluído num grupo de risco prioritário ou caso o seu médico tenha recomendado a vacina da gripe, já pode tomá-la. E caso seja sócio ACP, lembre-se de que beneficia do plano de saúde gratuito que lhe permite chamar um enfermeiro devidamente certificado ao seu domicílio para lhe ser administrada a vacina da gripe ou outra (este serviço não inclui a própria vacina).

Não tem as vacinas do PNV em dia?

Se chegou à conclusão de que não tem as vacinas em dia, saiba que existe solução. Por exemplo, os adultos não vacinados ou com atraso na dose de reforço contra o tétano podem (e devem) tomar esta vacina em qualquer idade. Também quem não tem a vacina da pneumonia pode recebê-la. Esta vacina já faz parte do PNV, mas nem sempre assim foi. É por isso que a mesma é gratuita apenas para as crianças nascidas desde 1 de janeiro de 2015, assim como para os adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco — como os portadores do vírus da imunodeficiência humana (VIH) e de determinadas doenças pulmonares obstrutivas (além do cancro do pulmão). Para as restantes pessoas, o Estado comparticipa um terço dos 50€ do custo total da vacina.

A vantagem em ser sócio ACP

Por vias das dúvidas, se tiver alguma dose de alguma vacina em falta, fale com o seu médico assistente. Com o plano de saúde gratuito , os sócios ACP podem marcar uma consulta de clínica geral para avaliar a toma de qualquer vacina em falta, junto de um médico da rede disponível em todo o país. Complementarmente, podem optar pelo serviço de enfermagem ao domicílio para que seja administrada a vacina em suas casas. Se ainda não é sócio ACP, nunca é tarde para se juntar ao clube e beneficiar de mais e melhor saúde.

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O conteúdo deste artigo tem caráter informativo e não dispensa a consulta do seu médico.

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