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Vendas de elétricos crescem, mas não o suficiente

| Revista ACP

Quota dos veículos elétricos alcançou recorde no primeiro semestre, mas ainda está longe das metas da UE.

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Um total de 869 271 unidades vendidas no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 22% face ao período homólogo de 2024 e uma quota de mercado recorde de 15,6% contra os 13,6% registados no mesmo período do ano passado.

Segundo a ACEA, estes são os números das vendas de automóveis elétricos no primeiro semestre do ano e, apesar de todos os indicadores serem positivos, a verdade é que não chegam para os construtores cumprirem as ambiciosas metas de emissões da União Europeia.

Apesar da quota de mercado recorde, analistas e executivos da indústria automóvel apontam que para cumprir as metas a quota de mercado dos automóveis elétricos deveria estar entre os 20 a 22%.

O valor pode parecer relativamente próximo dos 15,6% já alcançados no primeiro semestre, mas corresponde a vender 30% a 40% a mais de elétricos do que atualmente.

Para incrementar as vendas e evitar as pesadas multas pelo não cumprimento das metas numa fase em que muitos governos têm recuado nos apoios à compra de elétricos, são vários os construtores que têm apostado em descontos.

 

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No Reino Unido os efeitos deste tipo de medidas já puderam ser vistos. Para tentar cumprir a quota de mercado de 22% imposta pelo governo, vários construtores aplicaram descontos nos preços praticados.

O resultado? Uma quota de mercado de elétricos de 19,6%, ainda aquém da meta governamental, e um gasto estimado na ordem de cinco mil milhões de euros em descontos.

Recorde-se que em maio a União Europeia autorizou os fabricantes a adiar as metas para reduzir emissões de CO2, inicialmente, fixado até ao final de 2025.

O regulamento passou a prever que o cumprimento das metas específicas de emissões pelos fabricantes seja avaliado com base na média do desempenho de cada fabricante ao longo dos três anos (2025, 2026 e 2027) em vez de metas anuais.

Desta forma, as metas para cortar emissões mantêm-se, mas o tempo para as alcançar é flexibilizado.

Os construtores têm agora até 2027 para cumprir o novo limite de emissões, que estabelece uma média máxima de 93,6 gramas de CO2 por quilómetro percorrido, calculada sobre o total de veículos vendidos.

Outra possibilidade para facilitar o cumprimento das metas, é a formação de grupos de fabricantes que juntam as emissões de CO2 de vários construtores para efeito de cálculo conjunto.

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