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Renault despede-se do Mobilize Duo e corta na mobilidade partilhada

| Revista ACP

Construtor francês abandona serviços de car-sharing, reduz planos para postos rápidos e reforma quadriciclo Duo numa estratégia focada na rentabilidade.

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A Renault decidiu encerrar os seus serviços de partilha de automóveis e abrandar a expansão da rede de carregamento rápido para veículos elétricos através da unidade Mobilize, dedicada a novas soluções de mobilidade.

A empresa pretende, assim, redirecionar o investimento para áreas consideradas mais rentáveis, num contexto de forte pressão sobre o setor automóvel.

A reorganização implica a eliminação de cerca de 80 postos de trabalho na divisão Mobilize Beyond Automotive, que emprega atualmente cerca de 450 pessoas.

Segundo a marca, a redução será feita sobretudo através de saídas voluntárias e de mobilidade interna.

 

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Entre as atividades descontinuadas estão os serviços de car-sharing Zity em Milão e Madrid, bem como alguns projetos com perspetivas limitadas de rentabilidade ou que não se enquadram nas prioridades estratégicas do grupo, incluindo o microcarro elétrico Duo, sucessor do Twizy e rival do Citroën Ami.

Criada em 2021, durante a liderança de Luca de Meo, a Mobilize tinha como objetivo explorar negócios para além da produção e venda de automóveis, como a partilha de veículos, serviços de carregamento elétrico e gestão de dados.

No entanto, após uma revisão estratégica conduzida pelo atual CEO, François Provost, a Renault concluiu que o investimento intensivo em infraestruturas de carregamento rápido deixou de ser prioritário.

A empresa vai reduzir significativamente as suas ambições nesta área, passando a apontar para cerca de 100 estações de carregamento em França e mais de 100 em Itália até ao final de 2026.

Este número fica muito abaixo da meta anteriormente anunciada de 650 estações em toda a Europa até 2028. Os projetos previstos para a Bélgica e Espanha foram entretanto cancelados.

A Renault confirmou ainda que as atividades ligadas à energia e aos dados serão reintegradas na estrutura principal do grupo, como parte deste processo de reorganização.

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