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PSA ameaça sair de Mangualde devido a portagens

| Revista ACP

Fábrica da Peugeot e Citroën em Mangualde pode fechar se as autoestradas não revirem critérios de portagens.

De há um ano para cá que a fábrica de Magualde, do grupo PSA (detentor das marcas Peugeot, Citroën, DS e Opel) era motivo de boas notícias, por aumentar a produção e ter um novo veículo em mãos. Até hoje, dia em que ameaçou abandonar Portugal, pela voz do seu "country manager", Alfredo Amaral. 

No centro da questão estão os polémicos critérios usados pelas concessionárias de autoestradas para distinguir, neste caso, as classes 1 e 2. O novo veículo a produzir em Mangualde, para já conhecido como K9, tem uma altura de eixo superior a 1,10 metros, o que o empurra para a classe 2. 

Com isso, diz a PSA, as vendas nacionais deste novo veículo que terá um nome diferente para as três marcas que o vão comercializar (Peugeot, Citroën e Opel) vão ser prejudicadas e assim podem inviabilizar o projeto, levando o grupo a dispersar a produção de Mangualde para as fábricas de Marrocos ou Espanha. Este modelo vem substituir os que estavam em produção em Mnagualde: Citröen Berlingo e Peugeot Partner, dois modelos que em 2016 deram um volume de produção de quase 50 mil unidades, um dos melhores resultados daquela fábrica.

A questão não é nova. Há precisamente um ano o diretor geral da Fábrica da PSA, em Mangualde, José Maria Castro Covello, deixava os receios no ar: "Os ensaios estão a ser muito positivos e o carro deverá ser um grande sucesso. Mas temos um pequeno problema em Portugal, que pode ter certos riscos para a atividade industrial, que é o tema das portagens", referindo-se à questão da altura do eixo dianteiro do K9.

O Governo, através do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, respondeu que estava  já a negociar o contrato de concessão com a Brisa.  

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