A National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) exigiu a recolha de 67 milhões de viaturas comercializadas nos Estados Unidos devido a um defeito de segurança detetado no air-bag, mas a empresa responsável pelo dispositivo, a ARC Automotive Inc, nega a alegação do regulador dos EUA, noticiou a Reuters.
Segundo a agência de segurança rodoviária norte-americana, aquele sistema de air-bag representam "um risco não razoável" de morte ou ferimentos nos condutores e passageiros. Em causa estão os insufladores dos air-bag "que projetam fragmentos de metal nos ocupantes do veículo, em vez de insuflar adequadamente o airbag acoplado", descreveu a NHTSA.
Os air-bags produzidos pela ARC estão presentes em modelos da General Motors, Chrysler (grupo Stellantis), BMW, Hyundai , Kia Corp, entre outros. A General Motors revelou sexta-feira que iria proceder à recolha de quase 1 milhão de veículos com airbags ARC depois de, em março, uma ruptura do sistema ter resultado em ferimentos faciais num automobilista.
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A ARC rejeitou a conclusão provisória da NHTSA de que existe um defeito nos seus equipamentos, afirmando que se baseia em sete rupturas de sistema verificados nos Estados Unidos.
Em 2016 a NHTSA investigou mais de 8 milhões de air-bags fabricados pela ARC depois que um automobilista ter sido morto no Canadá quando conduzia um Hyundai equipado com este sistema.
Os 67 milhões de infladores foram produzidos para o mercado dos EUA em várias linhas de produção em diferentes fábricas e usados por 12 fabricantes de veículos em dezenas de modelos. "Nenhum desses fabricantes concluiu haver um defeito sistémico nessa ampla amostra", defendeu-se a ARC.