A Bugatti está entre as marcas de automóveis que não abdica da exclusividade no fabrico dos seus carros, mesmo em tempos em que a indústria se mostra cada vez mais robotizada para otimizar a produção e reduzir custos.
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E o processo de pintura que se pratica em Molssheim é disso exemplo. Totalmente feito à mão e onde só o olhar e o tato dos técnicos fazem parte do controlo de qualidade. Antes da primeira camada de tinta em cada automóvel, os especialistas da Bugatti procedem a uma minuciosa inspeção em busca da menor imperfeição, num processo que não envolve máquinas ou robots.
Só esses preparativos levam mais de 100 horas em cada carro. Mas, mesmo nessa fase, as superfícies de cada modelo ainda não estão prontas para serem pintadas - é aqui que começa a espiral aparentemente interminável de revestimento e lixamento, até se obter o polimento desejável. Depois de cada carro ser inteiramente pulverizado com tinta, são precisos mais quatro dias de polimento que a Bugatti afirma ser o processo de polimento mais complexo de toda a indústria. Ao todo, de A a Z, pintar cada automóvel da marca francesa demora entre 600 a 700 horas.
“Ettore Bugatti era um homem que acreditava na beleza da engenharia automóvel. Criado numa família de artistas, a tela de Ettore era o automóvel, mesmo antes das pessoas os considerarem obras de arte. Mantemos esse espírito até hoje, garantindo que todos os aspetos do design e da produção sejam concluídos com dedicação e elevada excelência estética”, diz Christophe Piochon, presidente da Bugatti.