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Alfa Romeu Giulietta está de parabéns, faz 70 anos

| Revista ACP

O Giulietta que continua a ser um dos automóveis mais desejados é conhecido como “a namorada de Itália” por ter nome de mulher.

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Ainda hoje o Alfa Romeu Giulietta faz virar cabeças por onde passa. Já se passaram 70 anos desde que se deu a conhecer ao mundo, mas continua a ser um dos automóveis mais desejados no mundo. Que o digam os entusiastas de clássicos. Apresentado oficialmente em 1954, no Salão Automóvel de Turim, apenas na versão coupé, uma ocorrência invulgar na época, uma vez que e versão berlina era sempre apresentada em primeiro lugar, o Giulietta Sprint foi logo um caso de sucesso e, nos primeiros dias do Salão Automóvel, conseguiu cerca de 2.000 encomendas para o novo modelo da marca italiana, um número impressionante para a altura.

Com as suas linhas rebaixadas e laterais extremamente simples e limpas, a traseira - com o seu vidro traseiro envolvente fortemente inclinado - apresentava duas "barbatanas" laterais que conferiam dinamismo ao conjunto: mesmo quando parado, o Giulietta parecia estar em movimento. Os funcionários da Alfa Romeo apaixonaram-se de imediato pelo novo automóvel e, duas semanas antes do seu lançamento, foi organizada uma antevisão no pátio de Portello para convidados e autoridades: dois atores saltaram de um helicóptero vestidos de Romeu e... Julieta de Shakespeare.

O Alfa Romeu Giulietta tornou-se "a namorada de Itália", por ser um dos primeiros automóveis com nome de mulher, tendo rapidamente conquistado o público, especialmente as classes média e média-alta, que o viram como um símbolo do que veio a ser conhecido como o "boom económico" de Itália. Quando a berlina Giulietta número 100.001 saiu das linhas de produção da fábrica de Portello, Giulietta Masina (a musa de Federico Fellini) celebrou pessoalmente este importante marco de produção; foi o primeiro modelo do construtor de Milão a atingir um volume de seis dígitos.

Ao Sprint rapidamente se juntaram várias outras versões, como a berlina, o lendário Spider - que se tornou tão bem-sucedido nos EUA - e o Giulietta SZ com a sua "cauda truncada": de 1954 a 1965, foram produzidos 177.690 Giulietta em todas as suas variantes, testemunhando um sucesso e um atrativo que não mostra sinais de diminuição, apesar da passagem do tempo.

No início da década de 1950, tendo recentemente ganho dois campeonatos de F1 consecutivos com o Alfetta conduzido primeiro por Farina e depois por Fangio, em 1950 e 1951, a marca sediada em Milão queria produzir um modelo que pudesse sustentar os volumes de produção e apelar a um público mais vasto e menos elitista, sem trair as principais características que já tinham feito da Alfa Romeo um sucesso: estilo, performance e fiabilidade. A marca entrava assim numa nova arena competitiva, a dos coupés compactos de elevado desempenho, e estabelecia novos padrões técnicos e de performance que a colocavam muito à frente dos seus concorrentes.

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O motor do Giulietta dispunha de quatro cilindros de 1,3 litros de cilindrada com dupla árvore de cames (uma solução herdada das corridas) feito inteiramente em alumínio com base na aeronáutica, um domínio em que a Alfa Romeo era desde há muito uma referência de excelência. Este motor permitiu que o automóvel atingisse uma velocidade máxima de cerca de 170 km/h, uma velocidade muito elevada para a altura. Na sua versão "Veloce", o Sprint também ganhou a sua classe nas 1000 Miglia de 1956, bem como conquistou inúmeras vitórias em pistas e estradas de todo o mundo. O Giulietta terminou a sua honrosa carreira em 1965, após 11 anos repletos de triunfos desportivos e grandes desempenhos comerciais, incluindo no estrangeiro: foram produzidas mais de 177.000 unidades deste modelo de sucesso.

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