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Novo Ampera-e promete 520 km de autonomia

| Revista ACP

Opel garante que este modelo acaba com a "ansiedade da autonomia", principal fator de resistência à compra de um elétrico.

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Com o novo Ampera-e, capaz de percorrer 520 quilómetros com uma única carga de bateria (norma NEDC), a Opel pretende trazer para o mercado um automóvel elétrico que permite fazer a transição para a mobilidade elétrica. E com aquele autonomia, o Ampera-e dá um contributo decisivo para a inauguração de um novo capítulo na História do automóvel. O novo Ampera-e deverá chegar a Portugal ainda em 2017. 

Um dos argumentos mais sonantes do novo elétrico da Opel é o da autonomia de 520 quilómetros (de acordo com a norma de testes NEDC), que é superior em cerca de 100 km à do concorrente direto neste segmento. A norma NEDC é relevante para estabelecer termos de comparação mas, na realidade, fatores como as características da estrada, condições atmosféricas, tipo de condução e peso transportado têm muita influência na autonomia.

Perante isso, a Opel procedeu a testes adicionais de acordo com o perfil WLTP[2] (ciclo curto), uma norma que produz resultados mais próximos da utilização em condições reais. E também aqui o Ampera-e destaca-se. Os engenheiros da Opel calcularam 380 km de autonomia total, mesmo sabendo que o valor irá variar de acordo com o estilo de condução adotado e de vários fatores externos. De qualquer forma, segundo a marca alemã (recentemente adquirida pelo grupo francês PSA) a chamada “ansiedade com a autonomia” (um dos principais fatores que levata resistência aos consumidores), já é algo do passado. Como se já não fosse suficiente o argumento da autonomia e o das vantagens para o ambiente, o Ampera-e acrescenta ainda o da dinâmica, com potência e ‘performances’ semelhantes às de um modelo desportivo convencional. 

A atenção centrada na eficiência e na ‘performance’ está bem refletida no formato do automóvel e na colocação dos componentes. Com dimensões exteriores compactas, o Ampera-e está próximo de um Opel Corsa mas a volumetria do habitáculo supera a de um Opel Astra. Com o conjunto das baterias colocado sob o piso do habitáculo, a posição de condução ligeiramente elevada daí resultante cria uma sensação “SUV” cuja popularidade cresce entre novos clientes de automóveis. 

Travando com o acelerador…

Mas o Ampera-e, diz a Opel, tem mais para oferecer. O revolucionário automóvel elétrico proporciona condução descontraída e praticamente silenciosa, sendo capaz de recarregar as baterias em andamento. Para tal, basta ao condutor aliviar o pedal do acelerador quando conduz em modo normal “Drive”. O Ampera-e recupera energia através do motor elétrico, o qual atua também como gerador. O efeito de travão motor é acentuado se o condutor selecionar o modo “Low”, aumentando ao mesmo tempo a recuperação de energia. Para aproveitar ao máximo o potencial de recuperação, é possível escolher a função “Regeneration on Demand” (regeneração manual), que funciona sempre que é acionada uma patilha junto ao volante. O efeito de travão motor é considerável nos modos “Low” e “Regeneração Manual”, o que permite reduzir a velocidade e até imobilizar o veículo, em tráfego normal, sem ser necessário utilizar o pedal de travão.

Assim, o Ampera-e pode ser controlado apenas com o pedal de acelerador (“One Pedal Driving”), embora se torne óbvio que será sempre preciso recorrer ao pedal de travão em caso de emergência. Os primeiros modelos de simulação realizados pelos engenheiros revelaram que é possível alargar a autonomia em cerca de cinco por cento se for utilizado um dos modos de maior regeneração em vez do modo “Drive” normal, especialmente no trânsito denso das cidades.

O temperamento realmente dinâmico do Ampera-e deve-se, entre outros, ao binário máximo de 360 Nm debitado pelo motor elétrico. A potência é de 150 kW (204 cv). Este ‘compacto’ acelera de zero a 50 km/h em apenas 3,2 segundos e recupera de 80 a 120 km/h em 4,5 segundos (valores preliminares). A velocidade máxima está limitada eletronicamente a 150 km/h, a bem da autonomia.

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