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Vem aí mais um Rally Dakar

| Revista ACP

São 13 os portugueses à partida da 42ª edição do Rally Dakar, a primeira disputada na Península Arábica.

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Depois de 11 anos na América do Sul, o Dakar volta a cruzar o Oceano Atlântico para uma edição que, sendo uma estreia, promete um regresso aos mares de areia, dunas intermináveis e o abandono das especiais da alta altitude.

São cerca de 7.900 km, todos eles disputados apenas na Arábia Saudita, dos quais 5.000 são percorridos contra o cronómetro por pistas compostas em 75% por areia ao longo de 12 especiais. Um cenário que há muito não fazia parte da mais dura prova de Todo Terreno do mundo.

Nos Carros antevê-se uma luta intensa de início a fim, com a lista de inscritos a contar com cinco vencedores da prova à partida de Jeddah: Nasser Al-Attiyah, Nani Roma, Stéphane Peterhansel, Giniel de Villiers e Carlos Sainz.

Mas estes não são os únicos candidatos ao triunfo ou, pelo menos, não são certamente os únicos que devem andar na frente, já que Jakub Przygonski e o vencedor da Taça da Mundo FIA de Bajas, Orlando Terranova, também marcam presença.

Uma curiosidade: destes, apenas o sul-africano de Villiers não competiu na Baja Portalegre 500, prova que já foi usada por todos os restantes como preparação do Dakar em vários anos.

Quem também promete despertar muitas atenções é o estreante Fernando Alonso. O espanhol troca as pistas e a velocidade pelo TT numa estreia onde o navegador será o muito experiente Marc Coma, com cinco vitórias na prova nas duas rodas. Outra estreia que merece atenção particular é a dos irmãos Ricardo e Manuel Porém, que vão competir aos comandos de um Borgward oficial, na mesma equipa de Nani Roma.

Filipe Palmeiro, esteve perto de ficar em terra com a desistência de Boris Garafulic devido à instabilidade que se vive no Chile, mas o piloto acabou por ser convocado para navegar o lituano Benediktas Vargas, num Toyota.

Ainda no que toca aos portugueses nas quatro rodas, Paulo Fiuza foi a entrada de última hora para a lista de inscritos, aumentando a armada lusa para 12 representantes. Fiuza vai navegar nada mais, nada menos, que o Senhor Dakar, Stéphane Peterhansel, o que faz com que seja um forte candidato ao pódio.

Nas Motos o interesse também se antevê grande e, apesar do número de vencedores presentes nesta edição ser de apenas três, o total de candidatos ao triunfo também é grande.

Toby Price defende o título, com Matthias Walkner e Sam Sunderland ambos em busca da segunda vitória. Tarefa que se adivinha difícil para qualquer o trio da KTM quando se tem em conta a presença de Andrian van Beveren, Pablo Quintanilla, Kevin Benavides, a Lenda do Dakar Paulo Gonçalves, este ano a estrear-se com a Hero, Michael Metge e Joan Barreda.

Destaque ainda para os portugueses Joaquim Rodrigues, Mário Patrão, Sebastian Bühler (se bem que inscrito como alemão), António Maio e Fausto Mota (que participa como espanhol).

Nos SSV espera-se animada luta entre Francisco Lopez e Reinaldo Varela, ambos com uma vitória na prova, enquanto Pedro Bianchi Prata vai navegar Conrad Rautenbach.

A fechar os Camiões, com todos os olhos postos nos russos da Kamov, Eduard Nikolaev (com cinco vitórias na prova, três delas consecutivas entre 2017 e 2019) e Dmitry Sotnikov. E, como não podia deixar de ser, também aqui há representantes lusos. Bruno Sousa vai fazer tripla com os germânicos Mathias Behringer e Stefan Henken, enquanto José Martins compete num DAF ao lado de Frances Ester Fernandez e Charly Gotlib.

A prova tem início já no próximo dia 5 de janeiro, subindo junto à costa do Mar Vermelho até Neom, onde pilotos e máquinas começam a entrar no deserto profundo da Península Saudita. O descanso surge em Riyadh, no dia 11, com o Rally a regressar depois para as últimas seis especiais que vão levar o pelotão à consagração em Qiddiya, no dia 17. Pelo meio ficam ainda uma Etapa Maratona para todos os participantes (15 e 16 de janeiro), a nova etapa Super-Maratona para as Motos (com apenas dez minutos de assistência no dia 10) e duas especiais em loop.

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