O mais longo e duro rali de automóveis clássicos do mundo

| Revista ACP

 

Para comorar os 60 anos da Renault 4L, duas equipas portuguesas partem para uma grande aventura de 5.000 km no Quénia.

TeamRenault-4L-60th-1-900

A Renault 4L é um dos tais automóveis que marcou uma época e que foi, sem dúvida alguma, um meio de transporte polivalente, utilizado na maior parte das vezes como carro de empresas, mas também como um simpático e atraente veículo familiar. A Renault 4L nunca virou costas a trilhos mais agressivos, nem sequer a areias (mais duras) do deserto, como foi devidamente comprovado. Este multifacetado automóvel nunca perdeu o seu ar jovial, apesar de ter atingido 60 anos de vida. A inesquecível manete de mudanças (estilo bengala), colocada a meio do tablier, nem sequer necessitava de muita habituação e até se tornava mais acessível para ser manuseada. Resistente e praticamente indestrutível, a famosa 4L marcou a vida de muita gente a partir de 1962.

Agora, para comorar o 60º aniversário, há duas Renault 4L portuguesas que vão partir à conquista do “East African Safari Classic Rally”, considerado como o rali de automóveis clássicos mais longo e mais duro do mundo. Os grandes aventureiros que vão participar neste emocionante safari por picadas e trilhos do Quénia são figuras conhecidas do desporto automóvel. Uma das Renault 4L vai contar com Pedro Matos Chaves ao volante. O antigo piloto de F1 (há 31 anos) e ex-bicampeão nacional de ralis vai ter a seu lado Marco Barbosa, naquela que será por certo uma grande aventura ao longo de 5.000 km e durante nove dias.

Na outra Renault 4L, duas personagens sempre ligadas ao desporto automóvel, uma delas com uma forte paixão por este veículo da marca francesa. É o caso de António Pinto dos Santos e a sua famosa Renault 4L, que participou em diversas provas do WRC e, mais recentemente, nos mais importantes ralis clássicos do mundo. A seu lado, um navegador imprescindível que o tem acompanhado em imensas provas e que até já foi vencedor da Taça FIA de Grupo N nos ralis do WRC. Nuno Rodrigues da Silva vai, uma vez mais, navegar António Pinto dos Santos, um engenheiro de profissão, sempre ligado a Arganil e que admite: “não há nenhum engenheiro civil que não tenha conduzido uma Renault 4L em serviço”.

Tudo pronto para a grande aventura do “Team Renault 4L 60th Anniversary Portugal” que vai partir a 10 de fevereiro e que durante nove dias vai percorrer pistas quenianas, reacendendo o espírito do original Safari Rally, considerado por muitos como a prova mais difícil do mundo. Vão ser 48 equipas de 15 nacionalidades. Para as duas formações portuguesas, chegar ao fim de uma aventura com mais de 5.000 km é prémio fundamental para que tem forte paixão por esta sexagenária Renault 4L.

scroll up