O tráfego nas autoestradas do Interior e do Algarve, que desde 1 de janeiro deixaram de cobrar portagens, não para de crescer. De acordo com os dados do Instituto da Mobilidade e dos Transportes relativos ao segundo trimestre do ano, a média ponderada do tráfego nas ex-Scut cresceu em termos globais quase 30% no final de junho, face ao mesmo mês de 2024 quando as antigas Scut eram pagas.
Na A13-1, que faz parte da subconcessão Pinhal Interior, observou-se um aumento de 46% na circulação automóvel, enquanto na A13, também da mesma concessão, o crescimento do tráfego médio diário ficou acima dos 36%.
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Com mais 28,6% de veículos em circulação surge a Via do Infante (A22), no Algarve. Na concessão da Beira Interior (A23), o tráfego subiu 29%, enquanto na Interior Norte (A24) a circulação automóvel aumentou 25,5%. Na A28, no troço entre Esposende e Antas, o tráfego cresceu mais de 20% e no troço entre Neiva e Darque, o aumento registado foi de 36%. A Transmontana e o túnel do Marão, que integram a A4, também deixaram de ter portagens pagas, mas os dados publicados pelo IMT não permitem identificar a evolução geral do tráfego.
Desde 1 de janeiro de 2025, foram abolidas as portagens nas antigas Scut do Interior e Algarve. A medida fora aprovada em junho de 2024, a fim de promover a coesão territorial nas zonas onde não existem alternativas seguras e de qualidade para circulação automóvel.
Na preparação do Orçamento de Estado para 2025, o Governo de Luís Montenegro, estimava que o fim da cobrança de portagens nas ex-Scut representaria uma perda de receita a ronda os 180 milhões de euros. Mas, segundo o Jornal de Negócios, a Infraestruturas de Portugal (IP) prevê uma perda direta de 257 milhões de euros de receita potencial para a IP.
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