A Seat registou um lucro operacional de 143 milhões de euros em 2016, face a sete milhões de euros negativos em 2015, fazendo assim a empresa do grupo Volkswagen (VW) sair do ‘vermelho’ pela primeira vez desde 2007.
Em conferência de imprensa, o presidente da empresa, Luca de Meo, notou o melhor resultado financeiro de sempre em 2016 da empresa, sublinhando que a exportação de 80% da produção, a partir da fábrica de Barcelona, traduz um peso de 3% nas exportações espanholas, ou seja cerca de 01% PIB do país.
Além dos 143 milhões de euros na categoria de lucro operacional, a Seat revelou 232 milhões de euros lucros depois de impostos e antes de efeitos extraordinários, um valor que no ano anterior tinha sido de seis milhões de euros. Já o volume de negócios alcançou 8.600 milhões de euros (+3,2%).
Depois de impostos, o lucro cresceu para 903 milhões de euros, na sequência da receita extraordinária da venda da filial VW Finance à VW AG e à luz da estratégia do grupo alemão de agrupar as filiais financeiras numa única empresa. Esta venda rendeu uma mais-valia de 671 milhões de euros e canalizar 590 milhões de euros para compensar prejuízos de exercícios anteriores.
A Seat anunciou ainda que a empresa melhorou lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) em 25% para os 489 milhões de euros e que alocou cerca de 862 milhões de euros, (+276 milhões do que em 2015) para a área da investigação e desenvolvimento.
Aos jornalistas, em Barcelona (Espanha), Luca de Meo notou ainda o “quarto ano consecutivo de crescimento” nas vendas (408.700 unidades), que subiram, nesse período 30%.
Para o crescimento nas vendas, o dirigente enumerou o início da comercialização do primeiro SUV da empresa, e os resultados recorde do Leon e Alhambra, além do desempenho positivo do modelo Ibiza de quarta geração.
No ‘pódio’ de vendas estão a Alemanha (90 mil unidades), Espanha (77 mil unidades) e Reino Unido (47.400), com a marca ainda a destacar, nesta apresentação de resultados financeiros, os desempenhos na Turquia, em Israel e no México.
A nível de produto, o dirigente revelou que haverá um ‘big brother’ (um irmão maior) do 'suv' (ligeiro de passageiros com características desportivas) Ateca, em 2018, e que ainda não tem nome.
Este ano, a empresa multinacional pretende aumentar a cobertura do mercado na Europa de 53% para 72%, e expandir internacionalmente, nomeadamente com a produção na Argélia, a partir do segundo semestre, e onde há “oportunidade de volumes interessante”.