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Roubo de cabos deixam postos de carregamento fora de serviço

| Revista ACP

Um fenómeno crescente, este tipo de criminalidade tem causado prejuízos avultados e transtornos para os utilizadores.

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Se conduz um veículo elétrico, talvez já tenha encontrado um posto de carregamento danificado ou fora de serviço.

Porém, cada vez mais a causa não é uma avaria técnica, mas sim o resultado de vandalismo e roubo de componentes, uma prática criminosa em expansão por várias zonas do país.

Nos últimos meses, têm-se multiplicado os casos de corte e furto de cabos de carregamento, motivados pelo valor do cobre que contêm.

Este metal pode render até sete euros por quilo no mercado, tornando-se um alvo apetecível para redes criminosas. Os prejuízos, no entanto, vão muito além do valor do material roubado.

A Associação Portuguesa de Operadores e Comercializadores de Mobilidade Elétrica alerta para o impacto económico desta prática: além da substituição dos cabos, é necessário garantir a segurança do local, deslocar equipas técnicas e lidar com a perda de receitas enquanto os postos estão inoperacionais.

 

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Mais preocupante ainda é o impacto na confiança dos utilizadores, que veem a fiabilidade da rede ameaçada.

Em resposta a este fenómeno, a GNR deteve recentemente dois suspeitos de vandalizar mais de uma centena de postos em diversos distritos, incluindo Lisboa, Setúbal, Santarém e Évora.

Os detidos, de 28 e 38 anos, atuavam sobretudo durante a noite e foram colocados em prisão preventiva.

Como medidas preventivas, as autoridades recomendam a instalação de sistemas de alarme e identificação dos cabos.

A associação do setor defende também o reforço da videovigilância, embora reconheça os entraves legais à sua implementação em espaço público, uma vez que os postos de carregamento ainda não são considerados infraestruturas críticas.

Apesar de recente, este tipo de crime segue uma tendência já conhecida. Em 2022, o Tribunal de Coimbra condenou vários elementos de uma rede dedicada ao furto e venda de catalisadores, num esquema que operou a nível nacional entre 2020 e 2022.

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