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Mercedes coloca condução autónoma em banho maria

| Revista ACP

Não se trata de um abandono completo do conceito, mas para já marca da estrela vai-se ficar pelo meio da tabela devido a custos.

Mercedes-Auto

A Mercedes já gastou milhões com o desenvolvimento de tecnologia de condução autónoma nos últimos anos, dando a conhecer protótipos de babar e que mais parecem saídos de um qualquer filme de ficção científica, mas por agora a marca vai travar o desenvolvimento da tecnologia e parar a busca de soluções para a condução 100% autónoma.

Tudo por uma questão de custos e não só. A Mercedes é “um fabricante de automóveis e não um fornecedor de serviços de mobilidade,” afirmou um responsável da marca germânica, que está a braços com um plano de cortes de relevo.

Uma frase curta, que até pode não explicar de forma imediata onde está a justificação dos custos, mas que com um pequeno aprofundar da questão explica tudo.

A condução autónoma potencia o aumento da segurança rodoviária, com um tráfego mais fluído e menos acidentes, mas também abre a porta a um mundo novo de partilha de carros.

Ou seja, coloca em causa a necessidade de propriedade de um automóvel, tudo porque o condutor pode optar por um tipo de carro hoje para ir trabalhar, e amanhã chega ao parque de car-sharing e escolhe um SUV, ou um descapotável para ir passar ao fim-de-semana. Uma filosofia que, como é fácil de ver, não gera dinheiro a quem tem como principal negócio construir carros para vender ao público em geral.

Mas isto não significa que os próximos Mercedes a saírem das unidades de produção, e os seus futuros condutores, vão deixar de contar com automatismos. Nada disso. A marca vai manter a sua oferta a meio da tabela de cinco níveis de condução autónoma, com os seus veículos a oferecerem o nível 3 de automatismos, como o que vai ser estreado no novo Classe S. Ou seja, os Mercedes e os seus entusiastas vão continuar a contar com um sistema condicional, em que o veículo pode assumir o controlo da condução em situações de trânsito intenso, mas sem nunca prescindir na totalidade da intervenção do condutor que pode ser solicitada a todo o momento, até apenas por sentir que as mãos não estão em contacto com o volante.

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