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Mercado automóvel cresceu na UE em abril

| Revista ACP

O desconfinamento disparou a venda de automóveis e Portugal ficou em sexto lugar face a igual mês de 2020.

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A União Europeia (UE) registou em abril último a venda de 862.226 novos veículos de passageiros, mais do triplo face ao mesmo mês de 2020. Um aumento significativo quando comparado com os baixos níveis de vendas ocorridos em abril do ano passado quando o confinamento afetava muitos dos 27 países da EU. Se os números agora alcançados forem comparados com os de abril de 2019, verifica-se que a comercialização automóvel recuou 24,5%, com menos 280 mil veículos do que os 1.142.723 vendidos no quarto mês do último ano pré-pandemia.

Por países, Portugal apresentou em abril de 2021 o sexto maior crescimento face a igual mês de 2020. Mas comparando com abril de 2019, apresenta o sétimo pior resultado da UE. A tabela de vendas ocorridas em abril deste ano é liderada pela Itália, Irlanda e Espanha. Bélgica e França também registaram crescimentos acima do mercado nacional.

No conjunto, os primeiros quatro meses de 2021 também foram animadores para as marcas na EU, com as vendas a aumentarem 24,4% face a 2020, mas a registarem quebras da ordem dos 23,5% comparativamente a 2019 (com Portugal a registar a maior quebra percentual de toda a UE: -43,1%).

Ainda no mesmo período, o grupo Volkswagen continuou líder na EU, com mais de 232 mil veículos novos vendidos, embora com perdas de 2,2 pontos percentuais de quota de mercado. O grupo Stellantis, vendeu pouco mais de 202 mil veículos e registou o maior crescimento de vendas face a 2020, com um aumento de 6,1 pontos percentuais de quota de mercado.

Num documento dirigido ao primeiro-ministro pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), as marcas representadas por aquela associação referem a “difícil situação do mercado automóvel em Portugal”, apontando “a maior queda percentual em toda a União Europeia”. A ACAP lembra a António Costa que propôs em março de 2020 medidas para minorar as quebras, como um programa de incentivo ao abate de veículos, adoptado noutros países europeus. Para a ACAP essa proposta aguardada não só não se materializou como o executivo adotou medidas que para as marcas ainda vieram a agravar a situação.

A ACAP chama ainda a atenção para o envelhecimento do parque automóvel português, para o peso económico do sector, que emprega 152 mil pessoas, e para a divergência portuguesa nos apoios à venda de carros face a Espanha, que anunciou um pacote de ajudas de 400 milhões de euros para incentivar a troca de carros por modelos eléctricos e híbridos menos poluentes. “O Governo tem de assumir uma atitude responsável sobre este cenário”, apela ainda aquela associação.

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