A Renault está adaptar a sua maior fábrica de motores para a Europa, situada em Espanha, de forma a que ali se produzam mais blocos a gasolina, já que a tendência comercial no continente é de quebra nas vendas de veículos movidos a gasóleo.
Esta reorientação dos trabalhos da fábrica de Valladolid, a 200 km a noroeste de Madrid, surge numa altura em que os motores diesel representam 70% da produção daquela unidade. A intenção é ter até ao fim do ano uma quota de 50% para os dois tipos de motores a combustão ali produzidos.
A razão para esta inversão prende-se com os receios dos consumidores face às anunciadas proibições de circulação de carros a gasóleo em várias cidades, sobretudo depois de 2030.
Valladolid produz 42% de todos os motores usados na gama Renault na Europa. A fábrica também fornece motores para Nissan, Dacia e Daimler. No ano passado, a fábrica produziu 1,56 milhões de unidades em três linhas d emontagem, duas das quais produziram o dCi diesel de 1.5 litros da Renault. A linha do motor a gasolina foi atualizada recentemente para construir motores de três cilindros de 900 cm3 e o quatro cilindros de 1,2 litros.