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Kia contra mudanças nas metas de emissões

| Revista ACP

Enquanto vários construtores pedem um adiamento das metas, a Kia opõe-se a essa possibilidade.

Kia-EV4

Enquanto Ola Källenius, diretor executivo da Mercedes-Benz e líder da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), pede o adiamento das metas de emissões impostas pela União Europeia, o diretor-executivo da Kia na Europa, Marc Hedrich, teme precisamente que estas não avancem.

À margem da cerimónia de arranque de produção do EV4, um dos novos modelos elétricos da marca sul-coreana, Marc Hedrich afirmou: “temos uma avalanche de carros elétricos a caminho, se de repente deixarmos de lançar elétricos, isto vai custar-nos uma fortuna”.

Segundo o diretor-executivo da Kia na Europa, graças aos muitos modelos elétricos com que conta na sua gama (e àqueles que planeia lançar), a marca sul-coreana está bem posicionada para cumprir as ambiciosas metas de emissões.

 

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Em vez de pressionar por alterações às metas, Hedrich apela a uma maior consistência nos principais mercados europeus, recordando que a queda nas vendas de elétricos se deve a políticas instáveis e à falta de clareza nos apoios.

Desta forma, o diretor-executivo da Kia Europa acredita que, especialmente em mercados como o alemão, regras favoráveis para carros de empresas e maior competitividade devem impulsionar a procura.

Apesar de defender a aposta na eletrificação total, Marc Hedrich mostra-se cético acerca da aposta nos híbridos plug-in, defendendo que: “os híbridos plug-in são claramente uma tecnologia de transição, muito dependente das regras de cada governo. Dado que as regras são bastante diferentes (em cada país), é extremamente difícil construir um modelo de negócio”.

Por fim, no que diz respeito aos motores de combustão, o executivo foi taxativo: “nunca dissemos que iríamos deixar de vender automóveis a combustão em 2028 ou em 2030, como outros construtores fizeram. Nós sabemos que esta é uma fase de transição que vai durar alguns anos e vamos manter todas as tecnologias enquanto houver procura”.

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