Passar férias na Nazaré com um elétrico pode revelar-se um exercício muito exigente em termos de gestão de autonomias e pontos de carregamento. Olhando para o mapa dos pontos de carregamento, a escassez é visível. No centro da vila há apenas quatro postos e só um deles é rápido. Depois de alguns dias a deslocarmo-nos do ponto de dormida, no centro da vila, para praias mais a norte, como por exemplo em São Pedro de Moel percorrendo a famosa Estrada Atlântica, a necessidade de planeamento torna-se urgente. Entre a Nazaré e Figueira da Foz são quase 100 km sem um único posto de carregamento público. Se a opção for descer em direção sul, rumo a São Martinho do Porto, o cenário desértico não muda e só nas Caldas da Rainha, a 30 km, é que há postos com fartura. Outra alternativa é Alcobaça, a cerca de 15 km, onde também há quatro postos, apenas um rápido.
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Já no Porto o caso muda de figura, tal como Lisboa, o Porto tem um enorme rol de postos de carregamentos, permitindo organizar umas férias tendo aquela cidade como centro de operações e chegar a destinos que não distem mais de 200 km de distância, de forma a ir e voltar com margem suficiente para algum imprevisto. Tal permite ir passear a norte, para Braga, Viana do Castelo, ou mesmo a Caminha, mas também a sul, para Aveiro, ou Vila Real, a leste. Se a ideia é ficar pelo centro da cidade, estar de carro elétrico ou de motor a combustão torna-se perfeitamente indiferente.
Estivemos ao volante do novo Renault Mégane 100% elétrico. Com mais de quatro gerações o Mégane já deixou a sua marca no mundo automóvel. Independentemente de apresentar motorização a gasolina ou diesel o seu sucesso foi garantido e agora com uma versão eletrificada não se espera menos.
Relativamente ao seu design exterior existem poucos traços familiares, mas o objetivo foi mesmo o de separar esta geração de todas as outras. Parece um crossover com uma traseira a cair de estilo coupé e as rodas estão colocadas nas extremidades para beneficiarem o espaço interior. Pertence ao segmento C e mede pouco mais de 4 metros e 20 centímetros e o seu visual parece o de um protótipo onde tudo está pensado para aumentar a eficiência aerodinâmica. Apresenta ainda o novo emblema da Renault, tanto no capot da frente como no portão da bagageira, que esconde uma capacidade de 440 litros.
Utiliza uma plataforma pensada de raiz idealizada para um automóvel 100% elétrico e relativamente ao motor pode ter 130 ou 220 cavalos com 300 Nm de binário, onde a aceleração dos 0 aos 100km/h é cumprida em apenas 7,4 segundos e a velocidade máxima está limitada aos 180km/h. As baterias estão colocadas no ponto mais baixo do veículo, apresentam duas opções, uma com 300 km de autonomia e outra que alcança os 470 km em ciclo WLTP. São bastante finas com apenas 11 cm e apesar do centro de gravidade ser baixo o Megane acusa 1624kg, aceitável para um elétrico.
É um dos 14 modelos eletrificados que a marca francesa pretende lançar até 2025 e chega no início de setembro aos concessionários. Os preços que começam nos 35,850 euros, para uma versão limitada, e alcançam os 48,350 euros no topo de gama. O mais espectável e lógico acaba por ser a escolha de um modelo na casa dos 42 mil euros onde se consegue ter a maior autonomia e potencia.
Uma das coleções mais desejadas do mundo está em Portugal, trata-se dos primeiros modelos da Land Rover foram os responsáveis por toda a popularização da marca inglesa. Pedro Falcão conta com uma paixão de mais de 30 anos a colecionar Séries um, carros de trabalho que provaram ser veículos de lazer muito capazes no 4x4. Produzidos entre 1948 e 1978 na coleção destacam-se duas unidades por serem apenas duas das dez existentes no mundo. Modelos de pré produção com volante à esquerda onde das 246 unidades produzidas restam apenas dez e quatro delas estão em Portugal.