O presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) afirmou esta terça-feira que o impacto do Covid-19 representa um “prejuízo enorme” para o setor, o que implicará medidas extraordinárias como a paragem de fábricas.
Em termos nacionais, para “os pequenos fornecedores, as pequenas e médias empresas [PME] que estão na cadeia, isto tem um prejuízo enorme”, afirmou José Couto, quando instado a comentar a situação do setor automóvel.
Com os centros construtores e fornecedores de primeira a linha a anunciarem a suspensão da atividade na Europa, tendo em vista mitigar a propagação da pandemia do Covid-19, “quem está nesta cadeia de produção, como são os fornecedores de componentes nacionais, vai ter um impacto verdadeiramente significativo, sobretudo porque as cadeias de logística já estão hoje diminuídas na sua atividade”, acrescentou o presidente da AFIA. Recorde-se que desde 2010 que este setor registava um grande crescimento, com cerca de 95% dos automóveis produzidos na Europa a usar peças portuguesas.
Vamos ter que tomar medidas extraordinárias como parar também as fábricas, negociar com os trabalhadores e chegar a pontos de convergência no sentido de antecipar férias”, disse José Couto.
“Temos de tomar medidas extraordinárias para mantermos a capacidade e produção futura”, sublinhou o presidente da associação.