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"Estamos a meio do caminho para o automóvel do futuro"

| Revista ACP

Diretor estratégico da Nissan para os veículos elétricos considera que ainda falta percorrer boa parte do desenvolvimento. 

futuro auto

Com os olhos apontados ao futuro do automóvel, vários especialistas reuniram-se hoje em Lisboa para discutir o tema, sendo que a nota dominante foi a de que ainda falta muita para avançar nesta matéria, muito por que as introduções tecnológicas têm de ser faseadas, por forma a garantir a base de confiança necessária para que o consumidor adira. 

Muito se ouviu falar de conectividade, condução autónoma, eletrificação e mobilidade, mas a verdade é que as palavras confiança e necessidade dominaram o sub-texto da maior parte dos conferencistas presentes na conferência O Futuro do Automóvel. Ou seja, os avanços tecnológicos estão lá e serem maiores é apenas uma questão de tempo. Já a sua assimilação por parte do consumidor é que vai exigir um reposicionamento por parte das marcas e dos players envolvidos diretamente no futuro do automóvel. 

Este futuro, segundo o CEO da Vodafone Automotive (divisão daquela telecom dedicada ao automóvel) passa por uma conjunto de características reunidas numa viatura: tem de estar conectado, automatizado, partilhado e ser elétrico. Segundo Gion Baker, em termos de condução autónoma estamos "no nível 2-3 de um total de 5", sendo este último o nível em que o carro faz tudo sozinho, sem qualquer intervenção por parte do condutor. 

Já o diretor de estratégia de veículos elétricos da Nissan, Gareth Dunsmore, ciente de que "estamos a meio do processo", destacou que as empresas ligadas a este desenvolvimento do setor automóvel devem estar mais concentradas em "criar tecnologia que o condutor realmente precise do que criar tecnologia só por que sim, sem se saber ao certo que aplicabilidade aquilo poderá ter no quotidiano do consumidor, pois este, como todos sabemos, tem sempre tendência para fazer escolhas coletivas muito racionais". 

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