A empresa China Aviation Lithium Battery já tem luz verde para avançar com uma unidade industrial em Sines dedicada à produção de baterias para automóveis elétricos. O projeto que vai custar dois mil milhões de euros e criar 1.800 postos de trabalho obteve uma Declaração de Impacte Ambiental favorável, mas sujeita ao cumprimento de condições definidas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que mesmo assim considera enquadrar-se este projeto nas políticas e objetivos europeus e nacionais de transição energética de modo a alcançar a neutralidade carbónica.
Apesar de “os impactes negativos identificados, na generalidade suscetíveis de minimização, e os impactes positivos perspetivados” a APA alerta para a resolução de impactes residuais em que considera existirem “alguns efeitos negativos significativos, como a eliminação da vegetação para construção da fábrica, o potencial aumento da pressão nos Recursos Hídricos (consumo) e a potencial pressão imobiliária prevista na fase de exploração. Estes aspetos serão devidamente geridos e monitorizados durante a implementação do projeto”, adianta.
A APA também determina o cumprimento de um programa de monitorização da qualidade do ar, um programa de monitorização do ambiente sonoro, um programa de monitorização da qualidade das águas subterrâneas e programas de monitorização de flora e vegetação e da avifauna.
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A fábrica chinesa em Portugal vai ficar implantada num terreno com 45 hectares na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS) e terá a capacidade para 15 gigawatts hora (GWh). Está previsto que o projeto arranque até ao final do próximo ano “com o objetivo de satisfazer a grande procura dos clientes, principalmente da indústria automóvel, como indica a empresa no Estudo de Impacte Ambiental (EIA).