De acordo com o relatório do Observatório Indicata do grupo Autorola, os automóveis usados comprados online estão mais caros. Desde o início do ano até julho último, o preço médio subiu 10,9%. Uma tendência que se mantém já que no início de agosto a subida foi de 1,4% no índice de preços comparativamente ao mês anterior.
A falta de stock (com níveis a caírem há 17 meses consecutivos) e o aumento da procura de usados no mercado nacional são as principais causas para a subida de preços. Adquirir veículos novos continua a ser sinónimo de longas esperas para os consumidores devido à escassez de semicondutores com os fabricantes a terem grandes dificuldades nas entregas. Em face disso, optar pela compra de veículos usados é a alternativa.
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Mesmo mais caros, as vendas de usados online no mercado português foram superiores às do mês anterior em 5,6%, embora se tenham mantido inferiores em 7,6% face a julho de 2021. No entanto, em termos acumulados, a vendas até julho “são agora 17,1% mais baixas do que nos primeiros sete meses do ano passado”, embora se mantenham 1,5% mais elevadas do que em 2019, refere o relatório.
Com o avançar do segundo semestre, o Observatório Indicata nota que “é provável que continue a haver restrições à oferta de usados mais recentes e usados provenientes das frotas de aluguer”. O motivo para isto prende-se com a necessidade das empresas manterem as suas frotas envelhecidas, de modo a satisfazer as suas necessidades comerciais. Considerando ainda a questão dos semicondutores até ao final de 2023, “é expectável que o mercado de veículos usados vá continuar a debater-se”, adianta.