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AutoEuropa registou quebra da produção em 2016

| Revista ACP

A fábrica de Palmela reduziu  atividade em 2016, mas deve retomar crescimento com  produção do mini SUV da marca alemã.

O setor automóvel, que inclui as unidades de montagem de veículos e a indústria de componentes, é o maior exportador nacional, refere a ACAP em comunicado. A produção de veículos e componentes automóveis representa um volume de negócios de 7,2 mil milhões de euros, envolvendo um total de 440 empresas e garantindo 34 mil empregos diretos, refere a ACAP.

Em 2016, 95% das viaturas produzidas nas cinco fábricas de automóveis a operar em Portugal, tiveram como destino a exportação.

O maior mercado destino da exportação automóvel continua a ser a Alemanha, absorvendo 23,1% da produção nacional, seguida da Espanha (15,4%), Reino Unido (11,5%) e Áustria (6,5%). Os mercados asiáticos foram o destino de 7% das viaturas exportadas, com a China a receber a grande fatia de viaturas novas (5,5%).

A produção automóvel em Portugal registou um abrandamento de 8,6% em 2016 quando comparado com 2015. AS 143.096 unidades produzidas, entre ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros e pesados, marcam o ano de menor produção nacional desde 2009.

Esta diminuição da produção deveu-se, sobretudo, à readaptação dos ciclos de produtos na AutoEuropa, a maior unidade nacional, que representa mais de 86% da produção nacional, e onde foi descontinuada a montagem do cabrio Volkswagen EOS e se iniciaram as obras de adaptação das linhas para a montagem do futuro mini SUV da marca alemã, que arrancará ainda no primeiro semestre deste ano. A redução de atividade em Palmela face a 2015 foi de 16,7%, tendo sido produzidos pouco mais de 102 mil unidades do coupé Volkswagen Scirocco e dos grandes monovolumes Volkswagen Sharan e Seat Alhambra.

Em Mangualde, onde a PSA produz os furgões comerciais e de passageiros Citroen Berlingo e Peugeot Partner, a produção anual aumentou 6,1%, ultrapassando as 46,6 mil unidades.

A Salvador Caetano, que deixou de produzir a Toyota Hiace, retomou a sua atividade e passou a montar uma versão anterior do todo-o-terreno Land Cruiser destinada aos mercados africanos. A produção aumentou 11,9%, para 1629 unidades.

A Mitubishi Fuso cresceu 7,1%, para mais de 6,2 mil unidades

A ACAP prevê que o ritmo de crescimento possa ser retomado em 2017, com o início da produção do novo modelo na AutoEuropa.

Fruto do efeito Autoeuropa, foram produzidos em Portugal 99.200 de automóveis ligeiros de passageiros, o representa uma diminuição de 14,1% face a 2015.

Nos veículos comerciais ligeiros registou-se um crescimento de 6,9% para 39.712 viaturas. Outra categoria em crescimento foi a dos veículos pesados da Fuso Mitsubishi que, com um total de 4.184 novas unidades alcançou uma variação de positiva de 4%em relação a 2015.

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