O Toyota Mirai esteve pela primeira vez em Portugal. O veículo a pilha de combustível foi apresentado à imprensa nacional integrado num evento de celebração dos 20 anos da tecnologia híbrida. Para além da condução das 4 gerações do Prius, a imprensa nacional teve oportunidade de conduzir o inovador veículo movido a hidrogénio.
Da mesma forma que a Toyota foi pioneira com a tecnologia híbrida em 1997 com o Prius - o primeiro híbrido de produção em série - em 2014 a Toyota apresentou ao mundo o Toyota Mirai, no entanto, a aventura da Toyota data de 1992, quando começou o desenvolvimento da tecnologia de Pilha de Combustível (FC – conjunto de células que formam a pilha). As tecnologias de base (módulo FC e depósitos de hidrogénio) foram integradas e desenvolvidas através de vários protótipos FCV (Fuel Cell Vehicles) e o resultado deste trabalho culminou na produção em série do Toyota Mirai.
Mirai é a expressão japonesa que significa futuro, daí ter sido escolhida para designar o primeiro sedan do mundo movido a pilha de combustível. A eletricidade que alimenta o motor elétrico do Mirai é criada através de uma compacta pilha de combustível, onde o oxigénio reage com o hidrogénio, não emitindo outras emissões que não seja apenas vapor de água. Até à data, já foram vendidas mais de 3500 Toyota Mirai desde o início da sua comercialização em 2015 e está à venda no Japão, Califórnia, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Suécia e Noruega.
Para além do facto de ser “zero emissões”, uma das principais vantagens do Toyota Mirai é o abastecimento rápido (3 a 5 minutos) para a autonomia alcançada (550Km em ciclo NEDC), porém o processo para produzir o combustível não está ainda totalmente implementado na Europa, nem existem ainda postos de carregamento em Portugal. Existem, no entanto, vários países a impulsionar o processo, produzindo hidrogénio a partir de energia eólica e solar fotovoltaica excedente.
Yoshikazu Tanaka engenheiro-chefe do Toyota Mirai afirmou aquando do seu lançamento: “A expansão da infraestrutura de abastecimento necessária aos FCVs provavelmente vai demorar 10 a 20 anos, ou talvez até mais. É definitivamente um caminho longo e desafiante. No entanto, a bem do futuro, é um caminho que temos que percorrer.”