Carros a hidrogénio ou elétricos?

Diferenças e vantagens

A procura por veículos livres de emissões poluentes alimenta cada vez mais as diversas possibilidades: carros a hidrogénio ou elétricos? O mercado procura, também, alternativas aos automóveis elétricos, e os limites de densidade de energia das baterias iões-lítio enfrentam barreiras como o peso e o espaço, numa viatura.

No entanto, referir carros a hidrogénio em Portugal significa, para já, a antecipação de uma realidade futura. Com efeito, poucas marcas comercializam este tipo de veículos e verifica-se uma grande escassez de infraestruturas para o seu abastecimento. Na Europa, países como a Alemanha e a França lideram este caminho inovador. Todavia, é sobretudo uma aposta focada na Ásia.

O que é e como funciona um carro a hidrogénio?

Os carros a hidrogénio, também conhecidos como “fuel cell electric vehicles”, incluem-se, também, na categoria de veículos elétricos. Contudo, geram eletricidade no interior do próprio veículo, a partir de uma célula de combustível. Em suma, a eletricidade gera-se numa reação química entre o hidrogénio, armazenado e canalizado a partir de tanques, e o oxigénio, captado da atmosfera por uma entrada de ar.

Deste modo, a energia produzida permite alimentar o motor elétrico e carregar a bateria da viatura. Os carros a hidrogénio apresentam baterias mais pequenas (com cerca de 1,6 kWh) do que as utilizadas nos veículos 100% elétricos porque utilizam-se somente na fase de arranque e quando há um pico de potência.

Note-se que, além da produção de eletricidade, gera-se no interior da célula de combustível vapor de água, posteriormente libertado para o exterior.

Eletricos vs Hidrogenio

Como funciona a célula de combustível?

Eletricos vs Hidrogenio

hidrogenio

Eletricos vs Hidrogenio

O exigénio é captado da atmosfera por uma entrdaa de ar, sendo canalizado para a célula de combustível. 

Eletricos vs Hidrogenio

No interior da célula de combustível, uma reação química entre o hidrogénio e o oxigénio produz energia, que alimenta o motor elétrico e carrega a bateria da viatura. 

Eletricos vs Hidrogenio

O vapor de água produzido no interior da célula de combustível é libertado para o exterior. 

 

Carros a hidrogénio e elétricos: principais diferenças

Em primeiro lugar, na comparação entre carros a hidrogénio e elétricos, importa destacar que se trata de dois tipos de automóveis com motor elétrico. No entanto, encontramos características que os diferenciam:

  Carro 100% elétrico
Carro a hidrogénio
Fonte de eletricidade O motor é alimentado por eletricidade armazenada em baterias, carregadas através da rede elétrica.
A eletricidade produz-se no interior do veículo, a partir da combinação entre hidrogénio e oxigénio.
Duração do abastecimento A duração do carregamento varia consoante o seu tipo (normal ou rápido). Nos carregamentos rápidos, pode ser necessário esperar entre 20 e 30 minutos, para alcançar 80% da capacidade da bateria.
O abastecimento de hidrogénio num posto é idêntico ao de um veículo a combustão (precisa de cerca de 5 minutos para atingir a autonomia total).
Custo do abastecimento O custo depende do tipo de carregamento e do local onde se abastece, mas, tendo em conta os valores médios de um carregamento privado (em casa ou no trabalho), em Portugal o preço estimado é de 3,36€/100 km.
O facto de existirem poucos postos disponíveis em Portugal encarece os abastecimentos, estimando-se que podem custar cerca de 10€/100 km.
Autonomia A autonomia de um carro elétrico pode variar, em média, entre 400 km e 600 km nos modelos mais recentes.
Modelos mais recentes demonstram uma autonomia aproximada de 600 km.
Emissões Apresentam zero emissões poluentes diretas.
Apresentam zero emissões poluentes, emitindo apenas vapor de água para a atmosfera, o que permite purificar o ar.

Hidrogénio ou elétrico: qual é a melhor alternativa?

Na comparação entre carros a hidrogénio e elétricos, os primeiros incluem vantagens, como a elevada autonomia e uma densidade energética superior, permitindo abastecimentos tão rápidos como num automóvel a combustível.

No entanto, os veículos movidos a hidrogénio apresentam algumas desvantagens, como:

  • Baixa eficiência, devido às elevadas perdas de energia, durante a produção. O método mais ecológico de produção de hidrogénio é a eletrólise (usando eletricidade para dividir a água em hidrogénio e oxigénio) o qual consome muita energia.
  • Elevados custos do transporte do hidrogénio para os postos de abastecimento, bem como do seu armazenamento.
  • O hidrogénio é altamente inflamável.
  • As matérias-primas utilizadas no fabrico das baterias destes veículos são caras, encarecendo os próprios automóveis.

Apesar destas limitações, algumas marcas garantem que as viaturas a hidrogénio são tão seguras como os veículos movidos a outras fontes de energia.

Para já, existem apenas dois postos de abastecimento de hidrogénio em Portugal: em Vila Nova de Gaia e outro, móvel, com instalações em Cascais. Estes postos permitem abastecer veículos ligeiros e pesados a 350 bar (metro por coluna de água). Além disso, no futuro, pretende-se viabilizar também o abastecimento de carros ligeiros a 700 bar.

Embora, no confronto carros a hidrogénio vs elétricos, os primeiros estejam, ainda, longe de constituir uma alternativa, a verdade é que se afiguram como uma aposta viável no futuro. Portugal, por exemplo, prevê disponibilizar 50 postos de hidrogénio em 2030, segundo o Plano Nacional do Hidrogénio.

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