A Saab iniciou a sua atividade na década de 30 começando pela produção de aeronaves militares, passando depois à construção de automóveis, com o Saab 92 a ser o seu primeiro carro de produção em 1949. Seis anos depois, a marca sueca lançou um novo modelo, conhecido por Saab 93, que na verdade foi uma versão melhorada do seu antecessor. Mantendo a silhueta em forma de “gota de água”, o 93 apresentou-se com uma dianteira totalmente redesenhada com destaque para novos para-choques de peça única a contribuírem para um ligeiro aumento do seu comprimento total.
Mas a melhoria mais significativa relacionava-se com a motorização, ao equipar um bloco de três cilindros de dois tempos que debitava respeitáveis (para a altura) 33 cv. Embora com a cilindrada a diminuir para 748 cm, o desempenho não foi beliscado, antes pelo contrário. Um novo sistema de 12 volts também foi introduzido.
As suspensões dianteira e traseira foram redesenhadas, que tornaram o carro mais seguro e confortável. Já o interior recebeu novos bancos e um relógio no painel de instrumentos, um extra pouco comum na época.
Na altura do seu lançamento, o Saab 93 também foi dos primeiros a apresentar pneus “tubeless”, ou seja, sem câmara de ar, a reforçar a segurança e modernidade que este modelo oferecia.
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Em 1957, chegaram outras inovações ao 93 com a instalação de cintos de segurança, a introdução de um para-choques curvo e único e novos limpa para-brisas. Também as luzes de mudança de direção passaram de fixas a ser intermitentes, como, aliás são hoje.
Um ano depois, o Saab Gran Turismo 750 foi apresentado em Nova Iorque. Tratava-se de uma versão mais desportiva, destinada principalmente ao mercado americano. O motor era alimentado por dois carburadores, o que melhorava o desempenho. O painel de instrumentos, o volante e os bancos também foram atualizados.
A próxima modernização ocorreu em 1959, com o lançamento do Saab 93 F, cuja principal mudança foi a realocação das dobradiças das portas laterais da extremidade traseira para a dianteira. Os estofos foram alterados e o sistema de travagem reforçado. A produção do Saab 93 terminou em 1960, tendo sido produzidas quase 53.000 unidades, das quais mais de 20.000 foram exportadas para os EUA.
Os Saab 93 deram cartas na competição com modelos preparados a vencerem o Rali da Finlândia (1957) e o Rali da Suécia (1959). O 93 também venceu a edição de 1957 das Mille Miglia na sua classe para em 1959 voltar a mostrar bom desempenho nas 24 Horas de Le Mans ao terminar em 2º lugar.