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Segurança rodoviária não é prioridade para o Governo

| Revista ACP

A sinistralidade rodoviária aumentou de forma preocupante sem que o Governo tomasse medidas de combate a este flagelo.

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Este ano registou-se um aumento de 22,8% no número de mortos face a 2016, bem como os feridos graves. Já o número de acidentes diminuiu, o que vem revelar a gravidade dos sinistros. Este é o maior aumento do total de mortos desde 1998. Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR) não divulga dados desde dezembro de 2016.

Mais preocupante ainda é o facto de o Governo revelar hoje não saber o motivo, admitindo que o mesmo se deve a “mais movimento na estrada” com um aumento de condutores e de viaturas. Perante os factos, novamente as promessas de maior sensibilização junto dos condutores. Do lado da repressão, ficou também hoje a previsão do funcionamento em pleno da rede nacional de radares, ainda sem instalação elétrica.

Esta reação do Governo prova que a segurança rodoviária continua a não ser uma prioridade nacional. Ano após ano, Portugal continua acima da média europeia em sinistralidade e o Estado nada faz para inverter este panorama.

As prometidas campanhas de sensibilização pública, financiadas pelo Fundo de garantia Automóvel, permanecem na gaveta, enquanto essas verbas são alocadas para fins totalmente distintos.

O Automóvel Club de Portugal reitera, uma vez mais, a urgência na realização de campanhas nacionais permanentes, a par da fiscalização efetiva do ensino da condução. Só com bases estruturais fortes se alteram comportamentos e se enraízam ensinamentos.

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